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Mais de 550 alunos participaram no Concurso «História Militar e Juventude», sobre a Revolução do 25 de Abril de 1974. Vencedores já foram revelados

Os vencedores da 4.ª edição do Concurso «História Militar e Juventude», dedicada ao tema “O 25 de Abril na minha terra”, já foram revelados. Participaram nesta iniciativa um número recorde de alunos – mais de 550 estudantes, entre os 10 e 19 anos, residentes em Portugal e Timor-Leste.

O Concurso «História Militar e Juventude» dirige-se a crianças e jovens que frequentem os 2.º e 3.º ciclos e secundário (regular e profissional) em Portugal e em escolas portuguesas no estrangeiro. Tem como objetivo fomentar o gosto pela História Militar de Portugal através da realização de trabalhos multidisciplinares e intergeracionais.

Esta é uma iniciativa promovida pela Associação de Professores de História e pela Comissão Portuguesa de História Militar, em parceira da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril. Esta edição contou com os apoios do Plano Nacional de Leitura 2027, da Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Associação 25 de Abril e da Liga dos Combatentes.

Em 2025, o Concurso História Militar e Juventude regressará para a sua 5.ª edição, que se dedicará ao tema “A construção da democracia na minha terra (1975-1976)”.

Uma participação sem precedentes

A edição deste ano, cujo tema era “O 25 de Abril na minha terra”, envolveu, no total, 562 alunos e 55 professores de 48 estabelecimentos escolares, bem como familiares dos autores, municípios e outras instituições locais, mais do que em qualquer edição anterior.

No final, foram submetidos a concurso 110 trabalhos por parte de 29 estabelecimentos escolares dispersos por 22 concelhos de 14 distritos, incluindo Açores, Madeira e Timor-Leste. Os 110 trabalhos concorreram em 3 grupos etários: o grupo A, englobando alunos do 2.º ciclo, teve 36 trabalhos de 74 autores; o grupo B, composto por alunos do 3.º ciclo, teve 35 trabalhos de 70 autores; e o grupo C, com alunos do ensino secundário, contou com 39 trabalhos de 57 autores.

Pela primeira vez na história do concurso, esta edição contou com a participação de alunos de Timor-Leste (da Escola Portuguesa de Díli).

Os trabalhos premiados

No grupo A, referente a trabalhos escolares do 2.º Ciclo, foram premiados: Maria Clara Lebreiro, do Colégio Militar, em Lisboa, com o trabalho «O 25 de Abril na minha terra – Um herói de Abril» (1º prémio); Afonso de Azevedo Ribeiro e Simão Ferreira de Araújo, do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques, em Guimarães (2.º prémio); Salvador Cavaca dos Santos, do Agrupamento de Escolas da Venda do Pinheiro, em Mafra, com o trabalho «O 25 de Abril na minha terra (Mafra)» (3.º prémio). A turma 6.º A do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, em Guimarães, recebeu o Prémio Coletivo com o trabalho «25 de Abril em Guimarães».

Foram distinguidos com Menções Honrosas David Ribeiros Varges e Gabriel Correia Castanho, do Agrupamento de Escolas da Venda do Pinheiro, em Mafra, com o trabalho «O 25 de Abril – Mafra»; e Afonso Café Alves, do Instituto dos Pupilos do Exército, em Lisboa, com o trabalho «Para Sempre Abril».
No grupo B, referente a trabalhos escolares do 3.º Ciclo, foram premiados: Madalena Almeida China, da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, com o trabalho «A Revolução de Abril. Olhares de Gentes do Campo e da Cidade» (1.º Prémio); Martim Afonso Rodrigues e Rafael Fernandes, do Colégio Militar, em Lisboa, com o trabalho intitulado « Avô, como viveste o 25 de Abril na tua terra?» (2.º Prémio); e Beatriz da Conceição Azenha e Inês Grilo Alves, também do Colégio Militar, com o trabalho «O 25 de Abril na minha escola» (3.º Prémio). A turma 9.º E do Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria, em Olhão, recebeu o Prémio Coletivo com o trabalho «Notícias de Olhão».

Foram distinguidos com Menções Honrosas Beatriz Martins, do Colégio Amorim, na Póvoa de Varzim, com o trabalho «25 de Abril de 1974»; e João Martim Guerreiro, do Colégio Militar, em Lisboa, com «Caminhos da Revolução. A história do Zé Luís e o 25 de Abril».

No grupo C, referente a trabalhos escolares do Secundário, foram premiados: Carolina Coelho Ideias, da Escola Secundária de São Lourenço, em Portalegre, com o trabalho «A História de Chico e Maria (1.º Prémio); Raquel Mendes Cunha, do Agrupamento de Escolas Carolina Michaelis, no Porto, com «O Caminho para a Liberdade» (2.º Prémio); e Maria Amélia dos Santos e Rosantina da Silva, da Escola Portuguesa de Dili, em Timor Leste, com o trabalho «Abril em Timor-Leste» (3.º Prémio).

Foram distinguidos com Menções Honrosas Tomás Ferreira Cerejo, do Agrupamento de Escolas Carolina Michaelis, no Porto, com o trabalho «Conta-me como foi» e Gabriela de Amorim Ferreira, do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, em Braga, com «25 de Abril: o amanhecer da Democracia em Braga».

Cerimónia de entrega de prémios

Os vencedores foram conhecidos na quarta-feira dia 12 de junho, numa sessão em ambiente digital para as escolas e alunos participantes dinamizada por Isabel Pestana Marques, membro da direção da Associação de Professores de História (APH)/Comité de Educação da Comissão Internacional de História Militar (CHIM) e responsável pela logística do concurso.

A cerimónia de entrega de prémios contou com a presença e intervenções de Ana Isabel Xavier, Secretária de Estado da Defesa Nacional; do Major-General João Vieira Borges, Presidente da Comissão Portuguesa de História Militar; de Miguel Monteiro de Barros, presidente da Associação de Professores de História; de Maria Inácia Rezola, comissária executiva da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril; e de Isabel Pestana Marques, membro da direção da Associação de Professores de História.


Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril até 2026

As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril tiveram início em março de 2022 e vão decorrer até 2026. Cada ano vai focar-se num tema prioritário, tendo como objetivo reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da democracia.

O período inicial das Comemorações tem sido dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. A partir de 2024, os três ‘D’ do Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) começam a ser revisitados, em iniciativas que evocam o processo de descolonização, a democratização e o desenvolvimento.

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