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Noticiário de 14 de julho de 1974. Direto do Palácio de Belém.
Fonte: RTP Arquivos

Em julho de 1974, o Primeiro-Ministro Adelino da Palma Carlos diz ser impossível governar num clima de conflitualidade social, inoperância do executivo e com o MFA cada vez mais interventivo.

No que ficaria para a história como a «crise Palma Carlos», Spínola, defendendo sempre que a ideia partira do Primeiro-Ministro, pretendia alterar a Lei n.º 3/74. Palma Carlos vai então apresentar ao Conselho de Estado as suas propostas de alteração da referida lei, que se traduziam no reforço dos poderes do Primeiro-Ministro e do executivo, na antecipação das eleições para a Presidência da República e na elaboração de uma Constituição provisória, sujeita a referendo, que substituiria o Programa do MFA. Tratava-se de um verdadeiro golpe de Estado constitucional. O Conselho de Estado, reunido a 8 de julho, chumbará todas as propostas, exceto aquela referente ao alargamento dos poderes do Primeiro-Ministro, que beneficiará já não Palma Carlos, mas Vasco Gonçalves.

Mário Soares (PS), Magalhães Mota (PPD) e Álvaro Cunhal (PCP) na manifestação de apoio ao MFA e ao Governo provisório realizada, no estádio 1.º de Maio, a 25 de julho de 1974. Fonte: ANTT, SNI Mário Soares (PS), Magalhães Mota (PPD) e Álvaro Cunhal (PCP) na manifestação de apoio ao MFA e ao Governo provisório realizada, no estádio 1.º de Maio, a 25 de julho de 1974. Fonte: ANTT, SNI

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