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No âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução de Abril, o Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED) da Universidade Lusófona tem em curso um projeto intitulado Utopias de Abril. A Revolução portuguesa e a Educação. O projeto Utopias de Abril propõe-se fazer um balanço crítico sobre as mudanças e o estado da educação em Portugal no período de transição democrática, entre 1974 e 1976. Diversas iniciativas decorrerão entre 2022 e 2025.Um dos formatos escolhidos para algumas dessas iniciativas foi o das Conversas com… E nada mais adequado para iniciar essas conversas do que convidar o Comandante Carlos Almada Contreiras, um dos militares de abril que desempenhou, a maior parte das vezes sem exposição pública, um papel determinante nos caminhos que a Revolução adotou.“O Movimento das Forças Armadas não colaborará na instauração de uma ditadura militar no País, mas lutará pela implantação em Portugal de uma democracia política”. Assim começava o protocolo assumido pelos militares que fizeram a Revolução do 25 de Abril de 1974.Nesta conversa, o Comandante Almada Contreiras abordará a evolução do pensamento político dentro do Movimento das Forças Armadas (MFA), com base num trabalho de sistematização inédito, e apresentará alguns dos documentos originais fundadores desse pensamento, entre os quais o Protocolo, que incluía em anexo o Programa do MFA.Poderá encontrar mais informações aqui.Carlos de Almada ContreirasNasceu em Aljustrel em 1941, tendo feito os seus estudos secundários no Liceu de Setúbal. Ingressou na Escola Naval em 1960. Entre 1964 e 1970 realizou diversas comissões militares na Guiné, Moçambique, Angola e S. Tomé e Príncipe. No 25 de Abril era membro da Comissão Coordenadora Política do MFA, tendo participado na redação do Programa do MFA e indicado a canção “Grândola Vila Morena” como senha da operação militar “Fim do Regime”. Depois do 25 de Abril, foi membro da Comissão Coordenadora do MFA, membro do Conselho de Estado e do Conselho da Revolução. Foi diretor do Serviço de Coordenação de Informações em 1975. Depois de passar à reserva, esteve em Moçambique entre 1988 e 1997, com atividades na Secretaria de Estado das Pescas e na FAO. Na Câmara Municipal de Cascais (1997-2007) foi assessor do Presidente e diretor do Departamento da Polícia Municipal. Possui diversas condecorações, entre as quais a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Capitão-de-Mar-e-Guerra reformado, por reconstituição da carreira em 1989. Dirige a colecção “Memórias de Guerra e Revolução” editando obras que procuram estudar e clarificar a memória histórica da Revolução de Abril de 1974. É coordenador das obras: Operação “Viragem Histórica” (2.a ed.) – 25 de Abril de 1974 e A Noite que Mudou a Revolução de Abril – A Assembleia Militar de 11 de Março de 1975 (transcrição da gravação original).