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O assassinato de Ribeiro Santos em 12 de Outubro de 1972.

Passam cinquenta anos de um momento marcante: o assassinato pela PIDE-DGS do estudante de Direito José António Ribeiro Santos, em 12 de outubro de 1972, nas instalações do atual ISEG, em Lisboa.

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Nesta conferência pretende-se:

(1) indagar o papel da resistência juvenil, estudantil e trabalhadora, irmanada pela recusa da guerra colonial no tardo-fascismo português;

(2) ouvir a memória dos contemporâneos e entender o legado de Ribeiro Santos na atualidade;

(3) situar o papel mundial da juventude, que nascera após a guerra;

(4) juntar a memória e a investigação, os relatos vivenciais e a pesquisa, a partir do assassinato do jovem maoista;

(5) enquadrar as lutas juvenis contra as ditaduras do sul da Europa e da América Latina;

(6) entender as políticas de memória (e de esquecimento) das democracias quanto aos resistentes às ditaduras, de que são herdeiras.

Organização In2Past Nova-Universidade de Évora, e CES-Universidade de Coimbra

Dia 10 de outubro, segunda-feira

10h: Abertura
10h15: Conferência Inaugural
Fernando Rosas, Universidade Nova de Lisboa“O movimento estudantil do pós-guerra como componente central na luta contra a ditadura e a guerra colonial. Uma visão de conjunto”

11h30:O assassinato de Ribeiro Santos, entre o passado e o futuro
Moderação de João Madeira, investigador do IHC Alfredo Caldeira, investigador e fundador do Arquivo & Biblioteca da Fundação Mário Soares “Dois dias depois, o comunicado infame” Catarina Preto, Presidente AAFDL “O legado de Ribeiro Santos”

14h30: Roda de memórias (1): Recordar Ribeiro Santos
Coordenação: Paula Godinho e Maria Alice Samara José Galamba de Oliveira João Soares Teresa Serra Danilo Matos

15h30: Roda de memórias (2): Recordar o assassinato de Ribeiro Santos
Coordenação: Paula Godinho e Maria Alice Samara Aurora Rodrigues José Lamego Manuel António Pita Julio Pego António Rosa Viegas

17h: Roda de memórias (3): Recordar o funeral e dias subsequentes
Coordenação: Paula Godinho e Maria Alice Samara Camilo Inácio Isabel do Carmo Raimundo Santos Alberto Matos

18h30: Porto de Honra
Oferecido a todos os participantes na conferência, na Faculdade de Direito, a convite da Associação Académica da Faculdade de Direito de
Lisboa

Dia 11 de outubro, terça-feira

10h30: O contexto português no tardo-fascismo português

Moderação Miguel Cardina, CES-UC Rui Bebiano, Universidade de Coimbra “Cultura juvenil, combate à ditadura e heroísmo nos anos finais do regime” José Manuel Lopes Cordeiro, Universidade do Minho “Ribeiro Santos no Porto: uma linha revolucionária para o movimento estudantil” Guerreiro Jorge, dirigente da Livrope e diretor d’ O Tempo e o Modo “Alverca, anos 70, guerra, aviões, livros e Mao” Ana Sofia Ferreira, IHC-NOVA “As estudantes e a luta contra a ditadura: mulheres, militância e luta estudantil no marcelismo (1968-1974)”.

14h: A juventude nas ditaduras no Sul da Europa e na América Latina: Portugal, Espanha, Grécia, Brasil e Argentina

Moderação Xurxo Ayán Vila, IHC-NOVA Miguel Cardina, CES- Universidade de Coimbra “O lugar das lutas estudantis no ocaso da ditadura” Kostis Kornetis, Universidad Autónoma de Madrid “La lucha estudiantil contra la dictadura de los Coroneles (1967-74): Una valoración” Alberto Carrillo Linares, Universidad de Sevilla “Rebeldes con causa: juventud y oposición a la dictadura franquista” Adelaide Gonçalves, Universidade Federal do Ceará “Vai, Carlos, ser Marighella na vida. Ai Brasil!” Mariana Mastrángelo, Fundación de Investigaciones Sociales y Políticas, Argentina “´Juventud divino tesoro´: los jóvenes frente a la represión dictatorial en la Argentina, 1976-1983”

16h30 Transições, políticas da memória e nãoo-inscrição
Moderação Luís Farinha, IHC-NOVA Paula Godinho, Universidade Nova de Lisboa “Maoistas e resistência na tardo-ditadura portuguesa: a memória coletiva não é um tigre de papel” Maria Alice Samara, investigadora IHC-NOVA “Memória na cidade: os tempos e os modos” Joana Craveiro, Teatro do Vestido e IHC-NOVA “O ‘estudante assassinado’ – inscrições e não-inscrições de uma memória forte” Manuel Loff, Universidade do Porto “A memória da mudança: a Revolução lembrada como exceção”

18h: Conferência de Encerramento Pablo Pozzi, Universidad de Buenos Aires: “El 68 en América Latina: la Generación de Vietnam y del Che”

20h30 Jantar

#50anos25abril