Se há país em que a liberdade e a democracia ‘explodiram’ na sua iconografia, esse país é Portugal, depois do 25 de Abril de 1974. Nas paredes, nas ruas, nas casas, no chão, à mesa, na lapela dos casacos, por cima dos fatos-macaco, nos capacetes das obras e das fábricas, usando todos os materiais: tinta, papel, pano, plástico, vidro, metal, acetato, lona, barro, ferro, stencil, para os comunicados e para os grafitos, todas as formas de cerâmica, selos de correio, etc..
A memória física do 25 de Abril de 1974, repetida ano após ano, é uma recriação dos seus valores de liberdade e de democracia. No Arquivo Ephemera está guardada uma vasta e diversa quantidade destes materiais políticos, dos quais destacamos aqueles que se destinam a preservar a memória da Revolução.