A Liberdade passou a ser um dado adquirido. Mas seremos nós realmente livres? Este espetáculo é uma reflexão de várias perspetivas que têm como objetivo ACORDAR quem não valoriza o que lhe foi dado de bandeja e questionar onde está o que é verdadeiramente importante.
Esta proposta parte da adaptação de alguns textos de autores portugueses como: Alice Vieira (1943); Fernando Assis Pacheco (1937); Fernando Lopes Graça (1906); João César Monteiro (1939); José Carlos Ary dos Santos (1936); José Fanha (1951); José Gomes Ferreira (1900); José Luís Peixoto (1974); José Mário Branco (1942); Jorge de Sena (1919); Maria Isabel Barreno (1939); Maria Teresa Horta (1937); Maria Velho da Costa (1938); Mário-Henrique Leiria (1923); Mário Cesariny (1923); Miguel Torga (1907); Natália Correia (1923); Rosa Lobato de Faria (1932); Rui Zink (1961); Sérgio Godinho (1945); Sophia de Mello Breyner Andresen (1919). Consideramos que a voz destes autores teve um impacto revolucionário em Portugal. É neste sentido, que é impensável falar sobre Liberdade sem referenciar a voz de tais pensadores.
O objetivo principal desta criação parte da reflexão sobre o valor da Liberdade. É o incentivo a uma discussão saudável sobre este assunto, que nunca deixou de semear dúvidas em tudo: pessoas, estratégias, escolhas…. Assistimos diariamente a um desapego da busca pela preservação deste direito tão fundamental. Passaram-se 50 anos e as inquietações permanecem. Por este mesmo motivo é que sentimos a urgência de falar. ACORDAI é um desabafo sincero e uma chamada de atenção para se repor o debate em cima da mesa. Não podemos deixar de frisar que houve mudanças; mudanças essas que de forma geral fazem com que possamos hoje falar sobre os incidentes do passado. Apenas não pode ser justificação para hoje ignorarmos o que se passou. Não podemos tomar por garantido os sacrifícios que outrora outros fizeram por nós.