Os 50 anos da liberdade em Portugal são celebrados em Alenquer com uma programação alargada e que percorrerá todas as 11 freguesias do concelho. Música, palestras, momentos solenes e de exaltação da democracia entre outros motivos de interesse que abrangem todas as idades.
O arranque das comemorações está agendado para o próximo sábado, nos Paços do Concelho, a partir das 17 horas. Os Presidentes do Município e da Assembleia Municipal, Pedro Folgado e Fernando Silva, respetivamente, discursarão perante os presentes vincando as memórias de Abril, apontando as conquistas de meia centena de anos sob o signo da liberdade e refletindo-as para o futuro. O dia não acaba sem a inauguração da exposição ‘Lutaram pela Liberdade’, um retrato de um Portugal durante o período do Estado Novo pelas vivências das dezenas de alenquerenses que foram presos políticos entre 1926 e 1974, alguns pagando a luta pela liberdade com a própria vida. Toda a informação será apresentada em livro, pela Ad Librum em parceria com o Município, no dia 25 de abril, a partir das 12 horas.
Além da exposição mencionada, há mais três atividades programadas a decorrer de forma contínua durante este mês de abril: ‘Exposição ATO (DES)COLONIAL’, na Biblioteca Municipal entre 6 e 29 de abril; ’50 anos do 25 de abril’, uma exposição itinerante nos vários agrupamentos escolares do concelho entre 8 e 30 de abril; e ’25 de abril contado às crianças e jovens’, uma atividade vocacionada para alunos do 1º ciclo do ensino básico.
Em todas as freguesias, os munícipes são convidados a falar do passado, presente e futuro no ‘Conversas de Abril’, que percorrerá todo o território durante este mês, numa experiência de partilha enriquecida por aqueles que podem testemunhar o tempo vivido entre o Estado Novo e um estado democrático como o de hoje.
Cláudia Luís, vereadora com o pelouro da Cultura do Município de Alenquer considera que “falar da liberdade hoje é fundamental” de forma a não esquecer “quem trabalhou para que ela existisse, lutando contra uma ditadura”. “Honramos desta forma aqueles que lutaram por um Portugal mais livre e mais justo. Honramos o passado e inspiramos o futuro defendendo valores universais da liberdade, da democracia e dos direitos humanos”, destaca a responsável, apontando às novas dificuldades com que Portugal e o Mundo se deparam.