Queremos relembrar a História, mas também falar de nós, de quem somos agora, do que aprendemos e do que continuamos a ignorar, num exercício-descoberta sobre a liberdade de expressão, testando e questionando a consistência dos direitos aparentemente conquistados há já meio século.
Para tal, conversámos, investigámos factos históricos, ouvimos testemunhos vivos, improvisámos, convocámos várias formas de escrita dramática, linguagens verbais e não verbais, elementos descritivos, simbólicos e abstratos, compilámos textos, gestos, movimentos, imagens, sons e músicas – tudo isto num processo criativo intencionalmente híbrido, miscigenado, confuso, onde tivemos como único pressuposto a partilha, a sinceridade e a necessidade de dizer. Arriscámos, portanto, e o produto final saiu-nos em forma de pergunta, um objeto naturalmente transdisciplinar, multiforme, ingénuo, imperfeito, inacabado e até contraditório… mas autêntico e livre.