O mais célebre filme da revolução portuguesa. Rodado durante a semana entre o 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974, junta as grandes movimentações de massas aos discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal e a libertação dos presos políticos às entrevistas de rua conduzidas pelo cineasta brasileiro Glauber Rocha.
A história do filme começou a desenhar-se no dia 29 de Abril de 1974, numa reunião na sede do Sindicato Nacional de Profissionais de Cinema, em que a autodesignada Comissão de Profissionais de Cinema Antifascistas decide ocupar o Instituto Português de Cinema e os Serviços de Censura. Nessa segunda-feira, alguns minutos depois das 11 horas da manhã, ao som de gritos “Vitória! Vitória!” e empunhando cartazes “Por um Portugal livre / Fim à Censura dos Espectáculos”, os Serviços de Censura foram os primeiros a ser ocupados.
Um documento histórico inestimável, feito a quente e em cima do acontecimento por vários técnicos e realizadores portugueses. Uma obra incontornável do cinema militante europeu, é também um manifesto sobre a relação entre cinema e política, não apenas como mero difusor dos acontecimentos, mas sobretudo como participante ativo do ato revolucionário.