Prevendo a avalanche de exposições generalistas que este ano se iriam fazer no país sobre livros proibidos, optou-se por, na 1.ª parte da exposição selecionar seis obras, cuja história da edição e atribulações com a censura se encontra bem documentada. A seleção corresponde também à tentativa de mostrar obras que fogem ao Neo-Realismo literário português, optando-se por obras mais modernistas e escritas para atacar diretamente e explicitamente o regime. O caso da Filosofia na Alcova do Marquês de Sade, sendo uma obra estrangeira, foi editada também como forma de ataque e afronta ao regime conservador e altamente religioso. A 2.ª parte tenta descrever o ambiente libertário e desenfreado que se dá no mundo da edição política logo após o 25 de Abril de 1974 e também no ano seguinte.