Com implementação de quatro meses, o projecto termina como começou: na escuta de memórias de quem viu nos acontecimentos do 25 de Abril uma porta aberta para o tão desejado regresso a Portugal.
Desde Janeiro que mensalmente se têm reunido académicos, artistas e público em volta de diversas temáticas apoiadas no visionamento de filmes, à volta de livros e canções.
Nesta última sessão irá conhecer-se em que testemunhos se inspirou o espectáculo do dia 27 de Abril na Praça de Touros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira.
Vai assistir-se ao filme “Trilho do Poço Velho”, de Luís Godinho, que retrata um dos trilhos de atravessamento da fronteira portuguesa, para Espanha, em Vilar Formoso, por onde passaram milhares de portugueses. O livro que inspira a conversa com os oradores é “1974: Portugal, Uma Retrospectiva (vol. 3)”, de Luís Trindade e Ricardo Noronha, Coord. Rui Tavares. Os oradores pertencentes à Associação de Exilados Políticos Portugueses serão Arnaldo Silva, Fernando Cardeira e José Augusto Martins, numa conversa aberta ao público moderada por Ana Lúcia Magalhães, directora do Serviço Educativo e Mediação de Públicos da entidade de utilidade pública companhia Cegada, programadora do TEIV, Teatro-Estúdio Ildefonso Valério.
“Cálice do Descontentamento” é um dos 45 projetos apoiados pelo programa «Arte pela Democracia», uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes.
O Programa «Arte pela Democracia» promove projetos artísticos que se enquadrem nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que contribuam para a reflexão sobre a relevância deste acontecimento na construção da democracia.
É dirigido a projetos artísticos nas áreas das artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media); artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro); artes de rua; e cruzamento disciplinar.
A primeira edição, lançada em 2023, teve uma dotação orçamental de um milhão de euros. Selecionou um total de 45 projetos, que abrangem todo o país.