Skip to main content
Capa do Evento Voo dos Cravos: Uma Gaiola Aberta por Abril

Transformando uma gaiola convencional em um símbolo de libertação e renovação, os cravos saltam para a rua
guiando a autora num trabalho em que explora a simbologia de oferecer e levar cravos.

“Voo dos Cravos: Uma Gaiola Aberta por Abril” é uma homenagem visual aos 50 Anos do 25 de Abril, através das
memórias e da persistência simbólica dos cravos.

Elementos da Instalação:
Uma gaiola de arame sobre uma mesa rectangular num espaço.
Ao aproximarmo‐nos percebemos que não contém pássaros, mas sim cravos vermelhos delicadamente dispostos.
Cada cravo representa um momento, uma história, uma expressão de liberdade e resistência.
Em redor, fotografias alusivas espalhadas na mesa e uma pequena área com cravos à disposição dos visitantes.

As fotografias capturam a diversidade de idades, de origens… , o calor humano das pessoas a segurarem os cravos vermelhos, colocados nos pertences quotidianos, nas lapelas e nos bolsos dos casacos, nos cabelos, etc.

Esta narrativa visual não revela apenas a posse ou a exibição do símbolo, mas a sua integração nas vidas e nos lugares, destacando a omnipresença do cravo vermelho e o seu significado num contexto de partilha da liberdade, através de um gesto simbólico que transcende as barreiras do tempo.

A gaiola, tradicionalmente associada à captura e confinamento, transforma‐se num ícone de libertação.
Os cravos dentro dela não estão aprisionados, pelo contrário romperam as grades, e ficaram livres para desabrochar e florescer. Assim, a gaiola representa não apenas um lugar físico, mas também as limitações superadas e as barreiras quebradas.

Os cravos vermelhos, símbolo do 25 de Abril, testemunhos silenciosos da liberdade conquistada e reiterada durante estes 50 anos, revelam‐se uma peça central desta instalação.

O cravo é mais que uma flor; é a materialização da resistência, da solidariedade e da esperança.
Cada imagem captura a alegria efervescente e a vitalidade de uma Nação que celebra a conquista da liberdade.

Uma peça disponibiliza cravos vermelhos. É um convite a que os visitantes os juntem aos seus companheiros que irrompem da gaiola, simbolizando a tradição, a união, na permanente construção da liberdade.

Que este marco histórico nos inspire a continuar a cultivar a liberdade, assegurando que as flores da revolução
brotem eternamente em nossos corações e na alma colectiva de Portugal.
Que os próximos anos floresçam com igualdade e justiça e uma renovada paixão pela liberdade.

G.F.

#50anos25abril