Nas cinco terças-feiras do mês de abril de 2024, foram exibidos documentários, assim como curtas e longas-metragens sobre vários prismas do 25 de abril de 1974, para assinalar os 50 anos do 25 de Abril.
A 2 de abril, foi exibido o documentário “Guerra ou Paz”, de Rui Simões. Este filme contou a história dos cerca de 100.000 homens que saíram de Portugal para evitar as guerras, em contraposição ao muito que se tem evidenciado a história dos cerca de 100.000 soldados que lutaram nas ex-colónias. Neste documentário, Rui Simões procurou retratar a história de portugueses exilados e de que forma eles contribuíram, no estrangeiro, para o 25 de abril, em Portugal.
A 9 de abril, foram mostradas cinco curtas: “Menina”, de Simão Cayatte; “Estilhaços”, de José Miguel Ribeiro; “Lugar em Parte Nenhuma” de Bárbara de Oliveira e João Rodrigues; “O Casaco Rosa”, de Mónica Santos; e “Antes de Amanhã”, de Gonçalo Galvão Teles. As curtas procuraram mostrar as épocas anteriores ao 25 de abril, o próprio 25 de abril e o pós-revolução em Portugal, retratando as memórias, os traumas e a vivência daqueles que estiveram naqueles anos em Portugal, sob o regime do fascismo e também na guerra colonial.
A 16 de abril, foi exibido o documentário “Mãos Invisíveis”, de Hugo dos Santos, onde o realizador evidenciou uma casa em Paris que acolheu dezenas de desertores portugueses que fugiram da guerra colonial. O documentário procurou retratar a vida destas pessoas, reunindo depoimentos, imagens e memórias das atividades deles, também através de arquivos da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE).
A 23 de abril, foi mostrado o filme “Salgueiro Maia – O Implicado”, de Sérgio Graciano, que conta a história de Salgueiro Maia, o capitão do exército que liderou a ação militar durante a Revolução dos Cravos.
Por fim, a 30 de abril, foi exibido o documentário “Outro País”, de Sérgio Tréfault, com filmagens históricas, retratando a época do 25 de abril vista pelos olhos de fotógrafos e cineastas estrangeiros, demonstrando os resultados do 25 de abril nos anos que se seguiram.
