“Subiu à tribuna e falou a estudante ISABEL DO CARMO”, começa por descrever o relato da PIDE que regista a importância daquele momento. A jovem aluna de Medicina foi a primeira mulher a ter a palavra num plenário, durante a crise de 1962. A polícia política tomou nota: “Disse não falar em nome das colegas que lhe não tinham passado procuração, mas falava como uma delas, como qualquer delas”. Nesta intervenção histórica, Isabel do Carmo anteviu uma “Nação Livre”, registrou a PIDE. E sugeriu que os estudantes oferecessem flores à Polícia, no próximo enfrentamento, porque essas são “as armas mais bonitas criadas em Portugal”.
