Há muitos aspetos da realização de umas eleições livres que hoje tomamos como certos, mas que na altura constituíam um enorme desafio. Em primeiro lugar, foi preciso produzir os boletins de voto.
O governo sueco, ao abrigo de um acordo assinado em janeiro de 1975, ofereceu 90 toneladas de papel. Isentadas de tarifas alfandegárias, chegaram em fevereiro e seguiram posteriormente para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda e três empresas privadas que a auxiliaram na tarefa de impressão dos mais de 8 milhões de boletins. A sua distribuição pelos distritos foi depois feita pela Força Aérea e pela Guarda Nacional Republicana.
Câmara de voto.
Especificação técnica das câmaras de voto para as eleições para a Assembleia Constituinte, 1975.
Fonte: Arquivo Histórico Parlamentar, PT-AHP/DA/UI10.
O cargueiro Rudolf.5 ancorado no Porto de Lisboa, onde descarregou o papel oferecido pela Suécia para os boletins de voto.
Fotografia de Octávio Paiva, 6 de fevereiro de 1975.
Fonte: Arquivo Nacional Torre do Tombo, PT/TT/EPJS/SF/010/10544/001.
“Votar é um dever. Inscreva-se no recenseamento eleitoral”.
Cartaz de apelo ao recenseamento e ao voto da Comissão Nacional de Eleições, 1974.
Fonte: Comissão Nacional de Eleições.
Foi também preciso produzir as câmaras de voto, garantindo a privacidade das escolhas dos eleitores. Após concurso público, o seu fabrico foi entregue à empresa Famo-Sul Sociedade Distribuidora Móveis Metálicos. Algumas foram também produzidas pelas próprias câmaras municipais, ao passo que nas regiões autónomas foram produzidas localmente, mas seguindo o modelo pré-definido.
“As embalagens, com os boletins de voto, sendo transportadas para uma carrinha da Guarda Nacional Republicana”.
Fotografia de Eduardo Gageiro, 8 de abril de 1975.
Fonte: Arquivo Nacional Torre do Tombo, PT/TT/EPJS/SF/010/11105/001/008.
“As embalagens, com os boletins de voto, sendo conferidas na Casa da Moeda”.
Fotografia de Eduardo Gageiro, 8 de abril de 1975.
Fonte: Arquivo Nacional Torre do Tombo, PT/TT/EPJS/SF/010/11105/001/006.
Abriu-se também concurso público para o fabrico de cerca de 14 mil urnas de voto, adjudicado à empresa INDNORTE Equipamentos de Escritório. O Laboratório Nacional de Engenharia Civil ficou com a tarefa de avaliar a configuração das urnas — que permitisse o seu mais fácil transporte — e, especialmente, o sistema de lacragem e segurança. Finalmente, foi também programada a distribuição do material necessário para cada uma das secções de voto: no total, cerca de 13.000 lápis e borrachas, 26.000 metros de nastro, 26.000 esferográficas e 760 quilos de lacre.
“Vão à escola? Não, vão votar!”.
Banda Desenhada sobre as eleições, criação e texto de Xingu e desenhos de M. Tavares. Comissão Dinamizadora Central, 5.ª Divisão.
Fonte: Arquivo da Defesa Nacional, PT/ADN/EMGFA/5DIV/012/0031/012.
“Guia Prático das eleições para a Assembleia Constituinte”.
Ministério da Administração Interna - Secretariado Técnico dos Assuntos Políticos.
Fonte: Arquivo Histórico Parlamentar, PT-AHP/DA/UI10.
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