A imprensa internacional está em Fátima e nas grandes celebrações religiosas de 1974 e 1975. Acompanha o envolvimento crescente da Igreja na política nacional, sobretudo em manifestações contra a ocupação da Rádio Renascença por trabalhadores.

O Verão Quente de 75 é muito documentado por fotógrafos. Imagens dos ataques as sedes do Partido Comunista percorrem o mundo. Transmitem a ideia de um país dividido. De um lado, surgem os defensores da legitimidade revolucionária. Do outro, aqueles que querem travar essa dinâmica, em alguns casos com ações violentas.

No final de 1975, as forças medem‑se entre militares de ideologias opostas. Teme‑se um confronto armado. O desenlace tem lugar com as operações do 25 de Novembro. Vencem as forças comandadas por Vasco Lourenço, Ramalho Eanes e Jaime Neves. O fotógrafo Alain Mingam documenta o desânimo dos paraquedistas em Tancos, quando se rendem.

Depois do 25 de Novembro, os fotógrafos deixam gradualmente o país. A tensão interna diminui e, concluída a independência das ex-colónias, Portugal já não é um foco de atenção no tabuleiro da Guerra Fria.