Livro «Em Busca do Portugal Contemporâneo», inédito em português, está nas livrarias a 30 de novembro
O livro «Em Busca do Portugal Contemporâneo», coordenado por Douglas L. Wheeler e Lawrence S. Graham, será publicado pela primeira vez em Portugal. Chega às livrarias no dia 30 de novembro, e é o quarto volume da coleção «O 25 de Abril Visto de Fora».
A obra reúne as intervenções de prestigiados académicos internacionais que participaram no colóquio do International Conference Group on Portugal, em 1979. Os textos combinam a análise das condições históricas e sociais internas de Portugal com a dos acontecimentos internacionais de meados da década de 1970.
Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, afirma: “Este livro demostra o interesse que o 25 de Abril suscitou fora das fronteiras nacionais. Em simultâneo – e embora as comunicações que lhe deram origem datem de 1979 –, introduz questões que mantêm grande atualidade e pertinência. Assim, dá um contributo muito relevante para o objetivo das Comemorações de, através de um maior conhecimento do passado, promover a discussão sobre os próximos 50 anos de democracia.”
António Costa Pinto, coordenador da coleção e investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, afirma: “Com a participação de inúmeros académicos, políticos e altos funcionários de Portugal, dos EUA e de outros países, estas conferências foram o mais importante espaço de observação internacional da mudança política, social e económica portuguesa após o 25 de Abril.”
Os autores são Alex Macleod, Ben Pimlott, Bill Lomax, Charles Downs, David L. Rabi, Douglas L. Wheeler, Harry M. Makler, Jean Seaton, John R. Logan, José Medeiros Ferreira, Joyce Firstenberg Riegelhaupt, Lawrence S. Graham, Nancy Bermeo, Paulo de Pitta e Cunha, Thomas C. Bruneau, Tom Gallagher, e Walter C. Opello, Jr.
Os organizadores
Douglas L. Wheeler (EUA, 1937-2022) formou-se em História no Dartmouth College e doutorou-se na Universidade de Boston. Foi autor e coautor de diversos artigos e livros, nomeadamente História de Angola (com René Pélissier). Fundou o International Conference Group on Portugal e a Portuguese Studies Review. Foi responsável pelas disciplinas de História Portuguesa e Africana na Universidade de New Hampshire de 1965 até à reforma.
Lawrence S. Graham (EUA, 1936-2023) foi professor na Universidade do Texas durante 45 anos, onde ensinou Política Comparada, e foi fundador e diretor do Brazil Center e vice-presidente de Estudos Internacionais. Doutorado em Ciência Política, especializou-se em políticas públicas e em política comparada e combinou sempre o ensino com a investigação e com o trabalho de campo pelo mundo. Publicou 17 livros e mais de cem artigos.
A coleção «O 25 de Abril Visto de Fora»
«O 25 de Abril Visto de Fora» é uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a editora Tinta-da-china. Contempla um total de dez obras alusivas à Revolução e à consolidação da democracia em Portugal até agora inéditas em português, a maioria de autores estrangeiros. A publicação dos volumes vai decorrer até 2026, acompanhando o programa das Comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril até 2026
As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril tiveram início em março de 2022 e vão decorrer até 2026. Cada ano vai focar-se num tema prioritário, tendo como objetivo reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da democracia.
“Entendemos que as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril devem promover o conhecimento do passado e afirmar-se, em simultâneo, enquanto catalisador de uma consciência coletiva de cidadania, contribuindo para uma sociedade mais participativa, plural e democrática. A coleção «O 25 de Abril Visto de Fora» concorre para este objetivo”, acrescenta Maria Inácia Rezola.
O período inicial das Comemorações tem sido dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. A partir de 2024, os três ‘D’ do Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) serão revisitados, em iniciativas que evocam o processo de descolonização, a democratização e o desenvolvimento.
