Campanha #NÃOPODIAS vai ter um programa de rádio na Antena 3 a partir de 30 de setembro
A campanha #NÃOPODIAS, uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril que recorda algumas das proibições da ditadura, vai ter um programa de rádio na Antena 3. Até aos 50 anos do 25 de Abril, os jornalistas Francisco Sena Santos e Raquel Morão Lopes vão receber em estúdio duplas de convidados para viajar até um Portugal sem liberdade e refletir sobre os próximos 50 anos de democracia. O #NÃOPODIAS vai para o ar a partir de 30 de setembro, sábado sim, sábado não, às 10h. Os episódios estarão também disponíveis nas plataformas de podcast, na RTP Play e no site da Antena 3.
“Criámos a campanha #NÃOPODIAS para desafiar os jovens a afirmarem-se como parte ativa nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Queremos tirar partido desta data para promover junto das gerações que já nasceram em liberdade o conhecimento sobre o passado e estimular a reflexão sobre o futuro. Acreditamos que este programa de rádio dará um contributo muito relevante para que os mais novos mantenham presente a importância de valorizar as conquistas de Abril, e para que tomem consciência de que são fundamentais à construção de uma sociedade melhor, mais justa, mais livre, mais participada e mais democrática”, afirma Maria Inácia Rezola, Comissária-executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.
“No dia 25 de Abril de 2024 celebramos os 50 anos da Revolução dos Cravos. No dia imediatamente a seguir, a Antena 3 faz 30 anos. Esta feliz coincidência temporal carrega ainda de maior significado o lançamento do programa #NÃOPODIAS. Entre os valores de Abril, a liberdade de expressão é, talvez, aquele que é mais caro aos meios de comunicação social. Como rádio de serviço público, o #NÃOPODIAS é, por isso, mais que uma obrigação, uma missão que abraçamos com orgulho já que não haverá nunca futuro sem memória e sem memórias. Ter uma referência histórica da rádio, como o Francisco Sena Santos, ao lado de uma certeza para o presente e futuro (mais que perfeito) do meio, como a Raquel Morão Lopes, garantem-nos que estaremos à altura dos diferentes e plurais legados de Abril”, afirma Luís Oliveira, Subdiretor da Antena 3.
O episódio de estreia
Cada episódio #NÃOPODIAS vai focar-se numa das proibições escolhidas pela Comissão para a Campanha (Votar, Expressar-te, Discordar, Viajar livremente, Reunir-te, Beijar, Ter férias pagas, Sonhar com um curso, Defender-te, Adoecer, Ser Europeu), e contará com dois convidados: um nascido em ditadura, que ajudará a recordar o passado; e outro nascido em democracia, para ajudar a pensar o futuro.
O episódio de estreia foi gravado fora do estúdio, em Marvão, no âmbito da iniciativa Erasmus Campus — o bootcamp da Democracia, uma escola de verão gratuita na qual participaram 30 jovens nacionais e lusodescendentes entre os 16 e os 26 anos organizada pela Agência Nacional Erasmus+ e pela Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril. Os participantes votaram para escolher quem os representaria no primeiro #NãoPodias. Assim, Dylan Rodrigues, de 22 anos, natural de Caracas, na Venezuela, foi um dos entrevistados, a par de Maria Inácia Rezola.
Não dar a liberdade por adquirida
A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril lançou este ano a Campanha #NÃOPODIAS, desafiando-os a escolherem uma de várias proibições impostas aos portugueses durante a ditadura e a partilharem essa informação e as suas reflexões nas plataformas digitais, tirando partido dos recursos visuais criados para ilustrar cada #NãoPodias bem como da respetiva explicação.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril até 2026
As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril tiveram início em março de 2022 e vão decorrer até 2026. Cada ano vai focar-se num tema prioritário, tendo como objetivo reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da democracia.
O período inicial das Comemorações tem sido dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. A partir de 2024, os três ‘D’ do Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) serão revisitados, em iniciativas que evocam o processo de descolonização, a democratização e o desenvolvimento.
