A Crise Académica de 1962
António Correia de Campos
António Correia de Campos testemunhou, enquanto estudante e membro da direção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, a crise de 1962.
Membro da direção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, foi um dos participantes na greve de fome aprovada pelos estudantes num plenário realizado a 7 de maio. O protesto, inédito, prolongou-se por vários dias. Aos 81 grevistas juntaram-se, em solidariedade, cerca de 1500 estudantes e alguns professores no interior da cantina. O Senado da Universidade de Lisboa condenou a radicalização do movimento e apelou à intervenção do Governo de forma não violenta. Na madrugada do dia 11 de maio, a polícia cercou a cantina e entrou nas instalações. Correia de Campos, como outros dirigentes associativos, foi levado para a prisão de Caxias e acabou por ser expulso da Universidade de Lisboa por trinta meses.
Mais de meio século depois, António Correia de Campos recorda o impacto que essa experiência teve na formação dos jovens que, a partir do 25 de Abril de 1974, haveriam de participar enquanto políticos na construção do Portugal democrático.
Saiba mais sobre a luta dos estudantes contra o Estado Novo e o seu papel na construção da democracia no dossiê histórico “Primaveras Estudantis”.




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