A Final da Taça que foi “a cereja no topo do bolo”
Mário Campos recorda o estudante que, em campo naquela Final, travou a luta contra a ditadura
Mário Campos jogou pela Académica a Final da Taça, em 1969, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação estudantil à ditadura.
“Praticamente quase diariamente me lembro da Taça de 1969”, partilha o agora médico reformado.
Aquela final de futebol foi “a cereja no topo do bolo” da luta que travavam, naquela altura, os estudantes na Universidade de Coimbra.
Mário Campos recorda que viveu “intensamente” o período das eliminatórias para a Taça de Portugal, ao mesmo tempo que, enquanto estudante universitário, acompanhava as assembleias magnas e votava afavor da greve às aulas e aos exames.“Não estou arrependido”, assinala.
No final da partida, que perderam por 2-1, os jogadores da Académica estavam de “consciência tranquila e felizes”, descreve.
“Era uma tristeza pela derrota, porque gostávamos de ganhar, mas uma alegria pelo que fizemos”, recorda.