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Capa do Evento A Tecedeira que lia Zola - Teatro-Cine de Torres Vedras

Portugal, anos 70. Inspirados pelos movimentos revolucionários da época, jovens portugueses, burgueses, urbanos e letrados, decidem abandonar os seus estudos ou os seus primeiros empregos e rumam em direção às fábricas e aos campos para fazer a “revolução cultural”. Clandestinos, enquanto pregam a revolução, pegam em enxadas e manobram máquinas agrícolas e fabris. Na mala guardam o Germinal de Émile Zola, o Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung, o existencialismo de Jean-Paul Sartre e muita vontade de mudar o mundo.

Juventude, amor, revolução, libido e realidade confundem-se e misturam-se com disciplina, regras, capitalismo, clandestinidade e utopia. São jovens a tentar viver os seus melhores anos. A Tecedeira que lia Zola é o segundo espetáculo da Trilogia da Juventude do TEP, cujas peças se centram, respectivamente, no Portugal dos anos 1950, 1970 e 1990. A primeira parte, O Grande Tratado de Encenação, estreou na última Primavera no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery. A terceira parte, Maioria Absoluta, estreará em 2018. “Dedico este espectáculo a todos os que arriscaram as suas vidas em Portugal lutando contra a ditadura para que os seus filhos pudessem ter oportunidades que eles não tiveram. Nem tudo terá corrido bem, mas o gesto foi verdadeiramente transformador, belo e inspirador. Aos meus pais devo tudo o que hoje sou” — Gonçalo Amorim.

Teatro e Revolução

A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril dirigiu a dez companhias de teatro históricas um convite para apresentarem uma criação artística ou reposição que contribua para a consciência pública do papel que o teatro desempenhou na transição democrática.

Foram selecionadas companhias de teatro com atividade no período da Revolução e que nasceram ou se consolidaram nesse período: Companhia de Teatro de Almada; A Barraca; O Bando; Centro Dramático de Évora; Comuna – Teatro de Pesquisa; Novo Grupo de Teatro – Teatro Aberto; Seiva Trupe – Teatro Vivo; Teatro de Animação de Setúbal; Teatro Experimental de Cascais; e Teatro Experimental do Porto.
Os projetos foram avaliados pela Direção-Geral das Artes (DGARTES) e serão executados até 2025.

Saiba mais em https://50anos25abril.pt/iniciativas/teatro-e-revolucao

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