Com o objetivo de manter viva a chama de Abril e de preservar a memória dos acontecimentos que antecederam e deram origem ao 25 de Abril de 1974, bem como aos que nesse dia ocorreram, esta exposição foi concebida com um propósito didático, desenvolvendo-se em dois núcleos distintos. No primeiro núcleo retrata-se como era a vida durante o Estado Novo e, no outro, relatam-se os momentos-chave desse «dia inicial inteiro e limpo». A ligar os dois núcleos, uma cronologia mostra os principais acontecimentos, numa linha do tempo que traduz a história portuguesa entre o início da ditadura e a conquista da democracia.
Igualmente, a ligar os dois núcleos, pode ler-se um manifesto, escrito por alunos, sobre as conquistas de Abril que queremos continuar a aprofundar.
A intercalar «as portas que Abril abriu», encontramos cartazes com excertos do poema de Ary dos Santos que dá nome e mote à exposição, numa “cronologia poética” que acompanha os dois núcleos temáticos, assim como excertos de canções-poemas de Sérgio Godinho, que permitem a reflexão sobre importância da liberdade.
No espírito da pintura de murais que acompanhou a Revolução dos Cravos, um ex-aluno da escola, Diogo Gonçalves, está a produzir uma intervenção plástica numa parede do edifício da escola sede, em jeito de residência artística, e que simultaneamente integra pequenas pinturas de alunos do 8º ano, inspiradas em fotografias de Maria Lamas e de Eduardo Gageiro.
