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Capa Oficial do Evento Aprende a Ouvir, Companheiro

No ano que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a sala que recebeu Humberto Delgado em 1958, vários comícios opositores à ditadura e ainda o último concerto da carreira de Zeca Afonso associa-se às celebrações da Revolução dos Cravos com várias iniciativas ao longo do ano.

Os Mantras do Coliseu, que desde abril de 2023 enriquecem a agenda de grandes espetáculos com momentos de reflexão e discussão dos mais variados temas, apresentam “Aprende a Ouvir, Companheiro, dia 28 de março, às 18h00. Associando-se à editora Zigurate, de Carlos Vaz Marques, o Salão Ático do Coliseu acolhe o lançamento do livro “A Revolução antes da Revolução”, de Luís Freitas Branco. A apresentação será reforçada por uma audição comentada do disco “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, de José Mário Branco, e de uma conversa com Capicua, Carlos Tê e Luís Freitas Branco sobre a revolução musical que antecedeu o 25 de Abril.

O mês de março tem como tema o binómio Liberdade > 71-73 inspirado pelos anos que antecederam o 25 de Abril de 1974, anunciado por duas canções de Zeca Afonso e de Paulo de Carvalho.

Sobre o livro:

As senhas da Revolução, é sabido, foram duas canções que fazem hoje parte do cancioneiro da Música Popular Portuguesa. O papel da música no derrube da ditadura não começou apenas, no entanto, na madrugada de 25 de Abril de 1974.

Antes da revolução política, uma revolução cultural antecipou o fim da ditadura. O regime estava por um fio e o sopro inspirado da música popular portuguesa foi a banda sonora para transformações decisivas. 1971 foi o ano do golpe musical, com protagonismo de publicação de discos emblemáticos de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, mas também de Duo Ouro Negro, Tonicha, Amália Rodrigues ou Marco Paulo; o ano do primeiro Cascais Jazz e do mítico Festival de Vilar de Mouros; o ano que deu à música portuguesa e ao movimento dos capitães a canção-senha “Grândola, Vila Morena”.

Neste trabalho de investigação é feito um levantamento rigoroso, exaustivo e em grande parte surpreendente que documenta o modo como a música popular portuguesa abriu as portas para o clima cultural, social e político que desencadeou o dia “inicial inteiro e limpo” e que mudou Portugal há 50 anos.

#50anos25abril