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Capa do Evento Arquitectas da Liberdade . Évora

Moradoras e profissionais, conversarão sobre as temáticas desenvolvidas na exposição “Arquitectas da Liberdade” e as suas experiências pessoais, profissionais e de luta, no pré e no pós 25 de abril de 1974.

A mesa-redonda servirá à construção da memória e ao debate sobre os atuais desafios habitacionais e os direitos das mulheres em Portugal. Construiremos uma reflexão crítica sobre o passado e o presente, contribuindo para a discussão de soluções e políticas mais justas e inclusivas.

Maria Manuela Oliveira (n. 1947, Vila Nova de Famalicão) é uma geógrafa portuguesa graduada em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 1970. Depois de ingressar na Divisão de Planeamento Regional do Ministério do Plano, em Lisboa, rumou ao Alentejo em 1977 e entrou para os quadros da Câmara Municipal de Évora (onde terminará a carreira). Foi a primeira mulher eleita presidente de uma Câmara Municipal no Alentejo: em dezembro de 1979, nas segundas eleições autárquicas democráticas, Maria Manuela Oliveira foi eleita a presidente da Câmara Municipal de Portel (1979-1984), encabeçando a lista da APU (Aliança Povo Unido) com 63,3%.

Susana Mourão (n. 1976, Chaves) é Socióloga pela Universidade de Évora. Vive e trabalha em Évora, É coordenadora a Unidade de Habitação e reabilitação urbana na câmara de Évora desde 2020, responsável pelo Plano Local de habitação de Évora.

Andreia Sousa (n. 1976, moçambicana de origem goesa) é Engenheira Zootécnica pela Universidade de Évora. Gestora agrícola, gere a Casa do Montado e, com mais duas mulheres, integra o “Colectivo Ai Filhas!”. Moradora do Bairro da Malagueira desde 2007, é proprietária da habitação desde 2013.

Casas e mulheres têm vínculos imemoriais. Em todo o mundo, a luta pelo direito à habitação foi e é uma luta das mulheres. Em Portugal, a Revolução de Abril de 1974 herdou uma pesada herança: as mulheres eram consideradas cidadãs de segunda, faltavam muitas casas para morar e os bairros de lata, pátios e as ilhas proliferavam nas maiores cidades. Moradoras (particularmente as mais pobres), arquitectas, técnicas de serviço social, e outras, envolveram-se na reivindicação por casas dignas. Consagrado na Constituição de 1976, o direito à habitação está hoje por cumprir, assim como outros direitos das meninas e das mulheres.

“Arquitectas da Liberdade” fala delas. Ao redor de mulheres e das casas pelas quais lutaram, antes e depois do 25 de Abril de 1974.

#50anos25abril