Passaram 50 anos sobre o 25 de Abril de 1974.
É muito tempo. O suficiente para metade da população de Portugal, ter nascido depois dessa data.
No país cinzento e salazarento, a liberdade não se praticava. Os partidos não existiam. As eleições eram uma farsa.
A guerra atingia desde 1960 as colónias portuguesas com o regime surdo aos ventos da história e aos lamentos dos portugueses. Em África, deixara 8290 mortos e 15507 deficientes. Portugal conseguira ser o último Império no Mundo, depois de ter sido o primeiro a inaugurá-los.
Quanto a contas, as estatísticas demonstram que Portugal era um dos países mais atrasados da Europa ocidental e, ainda por cima, praticamente isolado politicamente no Mundo. Por estas razões, a revolução foi travada sob o signo dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Como nada se pode comemorar sem se perceber o que se comemora, foi lançado o repto a seis ilustres universitários, para nos darem a sua visão sobre a situação do País, á luz dessas realidades. Visão sucinta, naturalmente, mais a sinalizar o tema dando pistas para quem esteja interessado em perceber melhor o que se passou, no sentido de tentar perceber como se desenvolveram estes 3 D no nosso país, durante estes 50 anos.
Coorganização entre a Universidade da Madeira, Conselho de Cultura e o CCIF, da CMF.