“Dos Troubles ao Brexit – a expressão muralística na Irlanda do Norte” é o título da intervenção de Bill Rolston, especialista internacional que o projeto “Histórias que as paredes contam” convidou para o encerramento do ciclo de conversas inaugurado pelo muralista chileno Alejandro ‘Mono’ González.
A iniciativa tem lugar no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) pelas 18h30 do próximo dia 30 de janeiro, data em que se assinalam 52 anos sobre o Domingo Sangrento em Derry, na Irlanda do Norte.
Catedrático emérito da Universidade do Ulster e nome incontornável quando o tema é muralismo, Bill Rolston tem vasta obra publicada, a solo e em parceria, incluindo um levantamento fotográfico exaustivo que documenta a evolução daquele fenómeno nas paredes norte-irlandesas desde 1981.
Cidadão irlandês nascido em 1946 e residente em Belfast – cidade que acolhe aquele que é considerado o mural mais fotografado do mundo, de homenagem a Bobby Sands –, Bill Rolston esteve em Portugal em 1978, altura em que inúmeras pinturas davam vida a fachadas e muros. O seu regresso ao nosso país quando a Revolução dos Cravos celebra meio século reveste-se, por isso, de um significado acrescido.
A sessão será moderada por Luís Humberto Teixeira, mestre em Política Comparada pelo ICS, e encerrará com um momento musical a cargo do convidado, que fará a sua interpretação da canção de intervenção irlandesa “Your Daughters & Your Sons”, um original de Tom Sands.
Integrado no Programa das Comemorações Nacionais dos 50 anos do 25 de Abril, o projeto “Histórias que as paredes contam” deve o nome à tese de doutoramento de Helena de Sousa Freitas, que o coordena, e contempla a proposta de cinco conversas, a execução de cinco murais por artistas de diferentes gerações, a organização de duas mostras fotográficas, a publicação de um álbum sobre o muralismo em Setúbal e a realização de um documentário sobre o processo criativo do conjunto de atividades.
Com chancela do Monte de Letras, “Histórias que as paredes contam – 50 anos de muralismo em Setúbal” tem por parceiros a Câmara Municipal de Setúbal, através da iniciativa “Venham Mais Vinte e Cincos”, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Associação dos Municípios da Região de Setúbal, juntas de freguesia do concelho, a União Setubalense e a Associação Cultural Festroia.
