Abordada a purga de professores universitários durante o Estado Novo e as nefastas consequências para o desenvolvimento científico do país, vimos explorada e sentida uma reflexão sobre direitos e deveres dos cidadãos, com vista à sensibilização dos mais jovens para a urgência de ter VOZ (e a sua). Quisemos contribuir para “estimular o seu envolvimento político e participação ativa na vida pública”, reafirmando “o nosso compromisso com a democracia, a liberdade e os direitos humanos”, consagrado no programa estabelecido pelo Agrupamento. Recordemos que, alguns dos jovens envolvidos votarão em 2024, para estreia, duas vezes…
Sabemos que sempre houve e sempre haverá vozes muito incómodas, mesmo que caladas. Se a isso juntarmos, nalguns casos, quem somos e o que somos, intuímos que teríamos a vida complicada se vivêssemos hoje em ditadura.
Neste momento de educação para a cidadania, nesta experiência de contacto com a memória, pretendemos que surgisse um convencimento de que a liberdade de opinião, de expressão democrática e aquilo que somos, respeitadores da democracia, da igualdade, das diferenças e da liberdade não são incompatíveis com a segurança e bem-estar do Estado e que são uma conquista a manter a todo o custo.
Queremos cidadãos com voz.
Parafraseando Fernando Rosas, na sua dedicatória do último livro (aos netos) e alargando o público-alvo, temos esperança de que todos nós, herdeiros deste passado, o possamos reinventar!