Conversa literária
Marinela Freitas (professora universitária), Inês Pedrosa (jornalista e escritora), Pedro Vieira (jornalista e escritor) e Sofia Branco (moderação)
Conversa política
Manuela Tavares (investigadora e ativista), Américo Bárbara (embaixador na reforma, advogado de defesa na altura), Maria Gil (artista e dramaturga) e Sofia Branco (moderação)
A Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril presta homenagem a Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, autoras das Novas Cartas Portuguesas, no dia em que, há 48 anos, terminou o processo judicial que lhes foi movido pela censura da ditadura.
Para assinalar a data, convidamos seis personalidades a partilharem connosco as suas memórias e reflexões sobre aquela que é identificada como “a primeira causa feminista internacional”.
A 7 de maio de 1974, dias após a Revolução do 25 de Abril, terminava o processo judicial contra Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, que ficaram conhecidas como as “Três Marias”.
As autoras das Novas Cartas Portuguesas – obra literária coletiva censurada pela ditadura – foram levadas a tribunal por terem escrito um livro de “conteúdo insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública”.
Para assinalar a data, e no ano em que se comemoram igualmente os 50 anos da publicação da obra, a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril promove duas conversas sobre as Novas Cartas Portuguesas, cruzando uma perspetiva mais literária e outra mais política, ainda que ambas sejam, evidentemente, indissociáveis uma da outra.
Ambas decorrem a 7 de maio, entre as 16h00 e as 18h00, no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II, com a participação de Américo Bárbara, advogado de defesa na altura; Helena Neves, investigadora e professora universitária; Inês Pedrosa, jornalista e escritora¸ Maria Gil, artista e dramaturga; Marinela Freitas, professora universitária; e Pedro Vieira, jornalista e escritor.
O Teatro Nacional D. Maria II acolhe também a peça “Ainda Marianas”, da companhia Os Possessos, e a exposição “Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas”, concebida pelo Museu do Aljube.
A entrada é livre e na livraria do Teatro podem ser vistas as cinco edições das Novas Cartas Portuguesas (incluindo a que foi alvo da censura) e um livro sobre o processo judicial movido contra as três escritoras.