“Há memórias que me acompanham desde a infância e, nesse tempo, eu não tinha um enquadramento para elas. Lembro-me do meu pai e de outros homens que se encontravam por causa de uma guerra que eu, em criança, desconhecia. Contavam episódios desconexos, alguns sussurrados. Com a recordação destes episódios veio a ideia de que os corpos transportam memórias. O que terá ficado nos nossos corpos da Guerra Colonial? Percorro, neste momento, este arquivo de memórias, o nosso ‘Corpo Suspenso’, em cena.”
[texto escrito pela autora, Rita Neves]