O poder com que saltamos juntas
Mulheres artistas em Espanha e Portugal, entre a ditadura e a democracia
«O poder com que saltamos juntas» – título retirado do livro Novas Cartas Portuguesas (1972), de Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta – é a primeira exposição que investiga, de forma conjunta, o trabalho desenvolvido pelas artistas mulheres na Península Ibérica entre a fase final das ditaduras (início da década de 1960) e os primeiros anos da democracia (início da década de 1980) em Portugal e em Espanha.
Reunindo obras de 57 criadoras, 27 espanholas e 30 portuguesas, esta exposição pretende mostrar de que forma estas mulheres – sozinhas ou coletivamente – rejeitaram a experiência da marginalidade e se converteram em agentes de mudança, salientando a grande pluralidade de linguagens, temas e estratégias que usaram para sobreviver num mundo que era essencialmente masculino.
Com curadoria de Giulia Lamoni e Patricia Mayayo, a exposição apresenta material de arquivo e obras de várias tipologias, provenientes não só das coleções do CAM e do IVAM, como dos acervos de outras instituições – como o Museu Reina Sofia, o Museu Vostell Malpartida de Cáceres ou o MACBA, entre outros – e de colecionadores particulares.
Portugal – Espanha: 50 anos de cultura e democracia
A exposição “O poder com que saltamos juntas” acontece no âmbito da “Programação Cultural Cruzada Portugal-Espanha – 50 anos de democracia”, um projeto resultante do protocolo de intenções assinado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Cultura do Governo da República Portuguesa e os Ministros dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação e da Cultura e Desporto do Reino de Espanha para a execução de uma programação cultural conjunta, que dará particular destaque às transições para a democracia e ao contributo da cultura e das artes para o processo de democratização nos dois países.