No âmbito da explosão visualista do pós-25 de Abril, o discurso político veiculado pelo cartaz apresentou um papel central. Inscrito no já referido ‘big bang’, sígnico do período imediatamente posterior ao 25 de Abril de 1974, o cartaz político cedo se assumiu como um dos principais meios através do qual a energia de produção sígnica contida sob pressão, explodiu, invadindo subitamente a totalidade do País. Em tal invasão, as estradas, as paredes, as ruas, os monumentos e o mobiliário urbano transformaram-se, de um dia para o outro, no suporte das mais variadas mensagens políticas.