A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril associa-se à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e convida os participantes a descobrirem o momento fundador da democracia portuguesa. https://agenda.50anos25abril.pt/wp-content/uploads/2023/12/social_share_mostra_expositiva_2.jpg A Vigília da Capela do Rato, no final de 1972, teve lugar numa conjuntura em que se articulavam problemas mais vastos: as posições de Paulo VI sobre a paz e a autodeterminação, a Guerra Colonial portuguesa, as oposições ao regime ditatorial e a crescente politização de setores católicos.
Às declarações conjuntas de finais da década de 1950, sobretudo em torno da campanha presidencial de Humberto Delgado, com críticas ao regime de Salazar, juntaram-se manifestos mais alargados, como foi o caso do assinado por 101 católicos em 1965, e uma série de publicações, como O Tempo e o Modo ou o Boletim Anti-Colonial, lançadas por católicos com significativo impacto público.
A Vigília da Igreja de São Domingo, realizada na passagem do ano de 1968 para 1969, traduziu-se numa manifestação pública coletiva contra a Guerra Colonial e procurou enquadrar-se na decisão de Paulo VI de que o primeiro dia do ano fosse comemorado como Dia Mundial da Paz. Sophia de Mello Breyner escreveu propositadamente para essa noite a Cantata da Paz («Vemos, ouvimos e lemos / Não podemos ignorar»), musicada por Francisco Fernandes e cantada por Francisco Fanhais.
Mais ampla e impactante, a Vigília da Capela do Rato (30-31 de dezembro de 1972) fez eco da mensagem de Paulo VI para o Dia Mundial da Paz – “A Paz é possível”, repudiando a Guerra Colonial e o regime repressivo. A intervenção policial, as detenções efetuadas e a demissão dos funcionários públicos que participaram na jornada exponenciaram as repercussões desta Vigília. https://agenda.50anos25abril.pt/wp-content/uploads/2023/12/20221208_7131-min.jpg https://agenda.50anos25abril.pt/wp-content/uploads/2023/12/20221208_7131-min.jpg https://agenda.50anos25abril.pt/wp-content/uploads/2023/12/20221208_6134-min.jpg
