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Capa do Evento Prosa Autoria Natércia Salgueiro Maia e Pedro Nogueira Simões

Dizem que nasci, naquela manhã de abril, pela força dos sonhos comandados pelas velas do desejo, da existência guiada pela luz, clareada pela descoberta de que, sendo ainda uma criança, tal semente da esperança se traduziria num ser único, fruto de força e vontade.
Vi, igualmente, florescer a essência humana em cada passo dado na mão daquele audaz que, com um lenço branco traduzido na poesia de ser mártir, pelo instinto e magia, alargou as razões pelas quais o humano retém a visão mais estreita e inultrapassável desta mesma necessidade!
Numa vastidão de significados, nos quais me revejo, consinto pode-los carregar, para não mais voltar a passar por mãos estranhas, pelo profetizado, pela tempestade…
Em mim, mesmo que a bússola nem sempre me guie pelo mesmo norte, não existem caminhos de cor… seria minha própria desventura…
Várias tentativas, lágrimas vertidas, na paixão do tempo e dos riscos inerentes, rasto de rutura e mudança, pela busca do instante e na intensidade, jamais apagaram tal chama inconquistada, quando impera a vontade de alcançar um porto de harmonia, em busca da verdade.
Com a mesma alma me transcendo aos demais, em sentido recíproco, destaca-se a alegria, a quimera, quiçá… utopia, será? Pura sinfonia, pináculo da humanidade, desembarque em terra mãe…
Astúcia, esperança, viagem, aventura, força… cai, levanta-te, segue, …
Paixão, ternura, amor, … que mais serei eu? Com nostalgia e saudades, aqui me identifico e pronuncio, sem qualquer amarra, que me chamo Liberdade!

#50anos25abril