Skip to main content
Capa do Evento Quartel do Carmo aberto ao público

O Quartel do Carmo de Lisboa foi palco do ponto mais alto da Revolução de 25 de abril de 1974, o qual está presente na memória dos Portugueses e associado ao triunfo da liberdade. Comando-Geral da GNR, foi aqui que o regime autoritário, iniciado em 1926, caiu e se deu início ao processo de democratização do país.

Às 03h00, saiu da Escola Prática de Cavalaria de Santarém uma coluna, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, em direção a Lisboa. Cerca das 11h30, parte desta força de cavalaria dirigiu-se para o Largo do Carmo e cercou o Comando-geral da GNR, local para onde o chefe do Governo, Professor Marcelo Caetano, se havia refugiado. As forças do Exército sitiantes, com ordens diretas do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA), instalado no Regimento de Engenharia da Pontinha, efetuaram dois momentos de fogo sobre o quartel do Carmo (o primeiro, às 15h30; o segundo, de maior tensão e risco, às 16h15), para forçar a rendição do Chefe de Governo. Do interior, as forças da GNR não reagiram aos intensos disparos, facto determinante para uma revolução pacífica.

Apesar da grande tensão vivida, fora e dentro do quartel do Carmo, a Revolução dos Cravos triunfou sem derramamento de sangue no Carmo.
De 10 de abril a 12 de maio, terá oportunidade de ver os vestígios dos disparos em alguns objetos conservados ao longo dos últimos 50 anos, de visitar a Sala Affonso Botelho (Salão Nobre), o Gabinete do Comandante-Geral da GNR (Sala de Rendição), onde teve lugar o célebre encontro de Salgueiro Maia com Marcello Caetano e a rendição deste último e transferência do poder para o General Spínola.

Ainda hoje, o local onde se realizou a transição do poder, continua a ser o gabinete de trabalho do Comandante-Geral da GNR.
As visitas decorrem no Quartel do Carmo, que estará aberto ao público de 2ª a sábado das 10h00 às 18h00.

#50anos25abril