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Capa do Evento Quem tem medo da Flor do Campo?

«Quem tem medo da Flor do Campo?» é um dos projetos apoiados pela edição de 2024-25 do programa «Arte pela Democracia», uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes.
O Programa «Arte pela Democracia» promove projetos artísticos que se enquadrem nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que contribuam para a reflexão sobre a relevância deste acontecimento na construção da democracia.
É dirigido a projetos artísticos nas áreas das artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media); artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro); artes de rua; e cruzamento disciplinar. A edição de 2024-25 teve uma dotação orçamental de um milhão de euros. Selecionou 45 projetos que, durante o ano e de norte e a sul do país, vão contribuir para refletir sobre a liberdade e a democracia.

“Quem tem medo da Flor do Campo?” parte de três mulheres do Vale do Ave: Rosa Martelona, Virgínia de Moura e Rosinda Teixeira. As vidas destas três minhotas cruzam-se neste poema visual como uma homenagem, ou, um tributo à força de resistir contra um sistema opressor sobre as mulheres (do passado e do presente).
Sobre a operária Rosa Martelona pouco se sabe, mas a sua coragem ao se insurgir contra a direção de uma fábrica têxtil, ainda antes da Marcha da Fome dos anos 40, por não haver pão para ninguém, é suficiente para que não a deixemos cair no esquecimento. Naquele tempo, agarrar um diretor pelos colarinhos, ameaçando-o de ficar sem algumas partes do seu corpo, condenou-a a três meses de prisão.
Virgínia de Moura, um dos maiores símbolos da resistência anti-fascista portuguesa, teve toda a sua vida marcada por perseguições, prisões e tortura pela então Polícia Internacional e de Defesa do Estado. É tão vasta a sua história que não caberia nesta sinopse. Contudo, é de salientar que nunca deixou de lutar e, talvez mais importante, nunca deixou de sorrir.
Por último, Rosinda Teixeira, a mais triste história da cobardia da rede bombista de extrema-direita pós-25 de Abril. Foi morta num atentado à bomba na madrugada de 21 de maio de 1976. Rosinda foi vítima de um sistema feudal que não era capaz de aceitar a democracia e o direito dos trabalhadores reivindicarem por melhores condições de trabalho.
As três mulheres do passado do Vale do Ave, formam uma trindade de Luta, Força e Liberdade; e devem ser lembradas para inspirarem as gerações do presente e do futuro.

Condições de acesso ao evento

Levantamento de bilhete gratuito no local do espetáculo.

#50anos25abril