«Arte pela Democracia» em janeiro: espetáculos e conversas em Castelo Branco, Torres Vedras, Porto e Famalicão para celebrar os 50 anos do 25 de Abril

#50anos25abril

📍 “Amílcar Cabral, uma Exposição” no Cen

📍 “Amílcar Cabral, uma Exposição” no Centro de Artes de Sines.

🗓️ Até 20 de fevereiro, de segunda a sexta, das 10h00 às 20h00; sábados e feriados, das 12h00 às 18h00. Entrada livre. A Exposição recorda a mobilização popular contra o colonialismo português e os legados de Amílcar Cabral.

A inauguração decorreu no dia 20 de janeiro, data que assinala os 52 anos da morte de Amílcar Cabral e em que, em Cabo Verde, se celebra o Dia dos Heróis Nacionais. O evento contou com intervenções de Nuno Mascarenhas, presidente do Município de Sines; Gracinda Luz, presidente da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém; e Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva da Comissão Comemorativa. O historiador José Neves, um dos curadores da Exposição, realizou uma visita guiada ao espaço. O evento contou ainda com um momento musical protagonizado pela cantora Dúnia Lobo acompanhada à guitarra por Danny Guitar.

Esta exposição é organizada pela Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com o @municipiodesines e a Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém.

Venha, e traga outro amigo também.

📷 Município de Sines

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O futuro do chamado ultramar português estava lon

O futuro do chamado ultramar português estava longe de ser uma questão pacífica no seio do próprio Movimento das Forças Armadas (MFA). Exemplo disso foram as acesas discussões em torno da redação do Programa do MFA, documento escrito por figuras como Ernesto Melo Antunes, Vasco Gonçalves e Vítor Alves e divulgado ao país na madrugada de 26 de abril de 1974.

A versão inicial do Programa mencionava claramente “o reconhecimento do direito dos povos à autodeterminação”. No entanto, por exigência de António de Spínola, a versão divulgada na noite do derrube da ditadura acabaria por ser bem diferente. Embora reconhecesse que o Estado Novo não conseguira “definir, concreta e objetivamente, uma política ultramarina” que conduzisse “à paz entre os Portugueses de todas as raças e credos” e que “a solução das guerras no ultramar” era “política e não militar”, o programa limitava-se a definir como princípios orientadores da política ultramarina do Governo Provisório “a criação de condições para um debate franco e aberto, a nível nacional, do problema ultramarino” e o “lançamento dos fundamentos de uma política ultramarina que conduza à paz”.

Este é um dos documentos que integram a Exposição “Portugal-Espanha, 50 anos de Democracia”, que aborda a transição ibérica para a democracia. Está patente até 31 de janeiro de 2025, no Salão de Exposições do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e pode ser visitada entre segunda-feira e sábado, das 9h30 às 19h30. A entrada é livre.

Venha, e traga outro amigo também.

📷 Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril

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Há 50 anos, a 19 de janeiro de 1975, várias asse

Há 50 anos, a 19 de janeiro de 1975, várias assembleias de estudantes em Coimbra e Lisboa opunham-se à obrigatoriedade do Serviço Cívico Estudantil (SCE). O SCE pretendia integrar em atividades cívicas os estudantes que as universidades públicas se viam incapazes de receber, atendendo ao aumento exponencial dos candidatos ao ensino superior no pós-25 de Abril.

Estas assembleias classificam o SCE como antidemocrático e antipopular e os estudantes apresentam contrapropostas, incluindo a formação de “cursos livres”, projetos que deveriam funcionar como “embriões” para um novo entendimento da educação na sociedade portuguesa, destinada às massas.

Para além do Serviço Cívico, as múltiplas assembleias que decorreram nesta semana discutiram também o exame de aptidão à Universidade, opondo-se à sua eliminação.

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Há 50 anos, a 15 de janeiro de 1975, o Governo po

Há 50 anos, a 15 de janeiro de 1975, o Governo português e os três movimentos de libertação angolanos – Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) – assinavam o Acordo de Alvor, estabelecendo os termos da transição de poderes da independência de Angola.

O encontro, que foi precedido por um acordo entre os três movimentos para negociarem com o governo português (Mombaça, 5 de janeiro), decorreu no Hotel Penina, no Alvor (Algarve), entre 10 e 15 de janeiro de 1975. Foi marcado pela tensão política entre os três movimentos de libertação, cujas delegações eram presididas por Agostinho Neto (MPLA), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA). O acordo determina a constituição de um governo de transição, composto por representantes dos três movimentos e de Portugal, para preparar a independência, a ter lugar a 11 de novembro de 1975.

O texto final do acordo foi lido pelo Ministro sem pasta Ernesto Melo Antunes, numa sessão de encerramento que contou com o Presidente da República Portuguesa, Francisco da Costa Gomes.

Costa Gomes enfatizou o papel dos movimentos de libertação na independência e fez votos de entendimento entre os diferentes movimentos, em prol do futuro do povo angolano e das boas relações com Portugal.

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