Cuba e a luta de libertação na Guiné-Bissau
Catarina Laranjeiro | 14 de maio de 2023
A China e a URSS apoiaram de várias formas os movimentos anticoloniais africanos. Mas em alguns casos, como o da Guiné-Bissau, a solidariedade demonstrada por Cuba foi tão ou mais marcante.
“N’ obi tiru, pa n’ bai buska bala di kubanu” significa “Eu ouvi tiros, para ir buscar balas dos cubanos”. É um verso de uma cantiga popular que se ouve no Sul da Guiné-Bissau, onde a luta de libertação foi particularmente intensa. Mais a sul, do outro lado da fronteira, está Kandiafara, lugar na República da Guiné, onde a partir de 1966, e até ao final da guerra, existiu um aquartelamento militar cubano. Contou-me Vítor Bor que muitos dos que incorporaram as Forças Armadas Revolucionárias do P…
Série “O Mundo de Amílcar Cabral” (VIII)
No âmbito da iniciativa “Amílcar Cabral, uma exposição”, patente no Palácio Baldaya (Lisboa, até 25 de junho), o PÚBLICO, em parceria com a Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril, publica uma série de 13 artigos sobre o percurso e influência de Amílcar Cabral. O oitavo artigo desta série é da autoria de Catarina Laranjeiro é investigadora do IHC/IN2PAST e investigadora FCT/CEEC individual. É autora Dos Sonhos e das Imagens. A Guerra de Libertação na Guiné-Bissau (Lisboa, Outro Modo Cooperativa Cultural, 2021).