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Estudantes tiveram papel “particularmente relevante” na luta contra a ditadura

Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, analisa o significado da final da Taça de Futebol de 1969 no contexto dos movimentos associativos estudantis.

Os movimentos associativos estudantis tiveram um papel “particularmente relevante” no “processo longo que foi a luta contra a ditadura”, assinala o ministro da Cultura, refletindo sobre a final da Taça de Futebol de 1969, entre Académica e Benfica, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação ao regime.

Pedro Adão e Silva realça que foi também nesses movimentos associativos estudantis que, de certa forma, “se começou a construir a elite social, política, cultural que construiu a nossa democracia”.

O ministro sublinhou que é preciso projetar o passado no presente e que foi esse o objetivo da exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, iniciativa da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril que está patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência até 28 de agosto.

“A construção da democracia e a transição para a democracia não foram um ato único e isolado, pelo contrário, é um processo longo, que envolveu muitos atores coletivos, os movimentos estudantis, os sindicatos, também o que havia de partidos políticos, e também (…) heróis individuais”, menciona, referindo-se a dirigentes estudantis como Alberto Martins e a ex-jogadores da Académica como Mário Campos e António Marques.

Ao “exercício de memória” baseado em “relatos na primeira pessoa” dos protagonistas, importa, na opinião do ministro, “falar dos nossos tempos” e mostrar “a atualidade do movimento associativo estudantil” e a importância da autonomia das Universidades para a democracia, bem como “o papel fulcral do desporto”.

A experiência daquela final de futebol “mítica e plena de significado” deve “manter a sua atualidade”, considera.

#50anos25abril