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Por volta das 15h00, um grupo de soldados da BA3 decide cercar o Centro de Operações de onde estava a ser dirigido o golpe, após tomar conhecimento via rádio do que estava a acontecer em Lisboa. Na BA3, estavam já os generais enviados pelos Estados-Maiores do Exército e da Força Aérea para negociar a rendição das forças golpistas, mas também Salgueiro Maia e Ricardo Durão, oficiais da EPC. Estes últimos, nomeadamente Salgueiro Maia, são responsáveis por acalmar os ânimos dos soldados que queriam atuar diretamente sobre a cúpula do golpe.

 

 

Barricadas à entrada da ponte 25 de Abril,durante a intentona do 11 de março de 1975.

Fotografias de Inácio Ludgero. Fonte: FMSMB

Cartoon evoca o exílio do General Spínola. Jornal do Fundão¸16 de março de 1975. Fonte: HML.

Cartoon evoca o exílio do General Spínola. 

Jornal do Fundão, 16 de março de 1975. Fonte: HML.

Na rádio, sucedem-se esclarecimentos e comunicados do MFA: o comandante do COPCON, Otelo Saraiva de Carvalho, fala ao Rádio Clube Português (15h15), seguindo-se um comunicado do primeiro-ministro Vasco Gonçalves, via rádio e televisão (17h15). Já o Presidente da República, Costa Gomes, dirige-se ao país em comunicado emitido na Emissora Nacional (17h30) e, à noite, em simultâneo para as rádios e televisão (22h35). Todos eles apelam à unidade entre o Povo-MFA e interpretam os resultados do dia 11 como uma vitória do MFA e da Revolução.

No fim do dia 11, diferentes forças partidárias convocam manifestações de condenação da tentativa de golpe. No Campo Pequeno, reúnem-se o Partido Comunista Português, o Partido Socialista, o Movimento de Esquerda Socialista, a Frente Socialista Popular e o Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral. Por seu turno, o Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado e a União Democrática Popular acorrem ao Largo do Carmo.

#50anos25abril