Skip to main content

Integra elementos da direita salazarista crítica de Marcelo Caetano, antigos membros da Ação Nacional Popular (ANP), nacionalistas revolucionários de Coimbra e militares afetos a Spínola desde os tempos da Guiné. Entre estes, conta-se José Valle de Figueiredo, fundador do MFP que, posteriormente, integrará o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) fundado e dirigido por Spínola.

Presidido por Fernando Pacheco de Amorim, o MFP contava com elementos como Luís Oliveira Dias, José Miguel Júdice ou Joaquim Miguel Seabra Ferreira, e tinha boa implantação na imprensa regional.

Dispunha ainda de ligações próximas com grupos, surgidos em África após o 25 de Abril, hostis aos movimentos de libertação, bem como com organizações fascistas estrangeiras.

O partido apoia a solução federalista de Spínola, considerada como a «derradeira possibilidade de salvaguardar o Portugal pluricontinental».

Embora muitos dos seus membros fossem sobretudo integracionistas, o federalismo será um dos elementos unificadores deste partido que, em meados de junho, acabará por deixar cair a designação Movimento Federalista Português, demasiado focada na frente da descolonização, para passar a designar-se apenas Partido do Progresso, privilegiando a luta político-partidária interna.

 

#50anos25abril