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Corrida de touros organizada pela Liga dos Combatentes que o PP transforma em comício preparativo da manifestação. Através dos banqueiros Espírito Santo e Jorge de Brito e do PL, são adquiridos e distribuído muitos bilhetes para a tourada, ocasião para uma grande demonstração de apoio ao Presidente da República que é fortemente aplaudido, enquanto o Primeiro-Ministro, Vasco Gonçalves, é vaiado e insultado.

No intervalo, o cavaleiro José João Zoio mostrou um cartaz da manifestação e esta foi amplamente publicitada pelo sistema sonoro. Todas as faenas eram saudadas com gritos de «Portugal, Portugal, Ultramar, Ultramar». «Viva Spínola», «Viva o Ultramar», «Viva a GNR», «Abaixo o MFA» foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.

No final registam-se, já no exterior da praça, confrontos entre apoiantes de Spínola e da manifestação e apoiantes do MFA e de Vasco Gonçalves que se opunham à manobra em curso.

O Diário de Lisboa falava na primeira grande ofensiva de rua das «forças negras do fascismo e da contrarrevolução». Nessa mesma noite a comissão organizadora da manifestação emitiu um comunicado que dizia: «Estão definidos os dois campos. Realizou-se ontem o primeiro ato da nossa grande manifestação.»

Notícia sobre distúrbios durante a tourada da Liga dos Combatentes, República, 27 de setembro de 1974 Notícia sobre distúrbios durante a tourada da Liga dos Combatentes, República, 27 de setembro de 1974

#50anos25abril