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Amílcar Cabral foi uma figura destacada do século XX. A sua liderança incentivou a mobilização popular contra o colonialismo português e trouxe-lhe a admiração de jornalistas, dirigentes políticos, estrategas militares, intelectuais e artistas em diferentes partes do mundo — de Conacri a Estocolmo, passando por Argel, Havana, Praga ou Pequim. A morte precoce não o devolveu ao esquecimento. A sua memória está presente no imaginário político e no nome das ruas de vários países do hemisfério Sul, da África do Sul ao Brasil. A sua vida é hoje motivo de renovado interesse em África, assim como nas periferias de capitais europeias, em universidades ocidentais ou nos principais canais televisivos mundiais.

Textos de José Neves e Leonor Pires Martins, no âmbito de “Amílcar Cabral, Uma Exposição”.

 

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Amílcar Cabral nasceu em 1924 em Bafatá, na Guiné, sob domínio colonial português. Aos oito anos, a família levou‑o para Cabo Verde. Estudou no Liceu de São Vicente, no Mindelo, e viveu na Praia, onde foi dirigente associativo e acusou interesse pelo futebol e pela criação literária.

Em 1945, mudou‑se para Lisboa, a fim de estudar Agronomia. Conheceu as avenidas e as esplanadas da capital do Império, da Casal Ribeiro ao Palladium. Frequentou e foi dirigente da Casa dos Estudantes do Império. Leu livros de Marx e de Engels, assim como do escritor russo Dostoiévski e do trabalhista britânico Harold Laski. Namorou e correspondeu‑se com Maria Helena Rodrigues, também aluna do Instituto Superior de Agronomia (ISA), com quem viria a casar em 1951.

Amílcar Cabral (do lado direito) entre colegas e professores, no exterior do Liceu de S. Vicente, em Cabo Verde. 5 de Setembro de 1939. Foto Melo SVCV (São Vicente Cabo Verde), FMSMB-DAC.
Amílcar Cabral e Marcelino dos Santos com amigos no Jardim da Estrela, em Lisboa. 1948. FMSMB-DAC

Amílcar Cabral conclui a licenciatura em fevereiro de 1952, com uma monografia em torno do problema da erosão do solo na região alentejana de Cuba. A temática não era estranha à sua circunstância cabo‑verdiana, arquipélago que revisitara em 1949, em período de férias, como testemunha o poema «Regresso…». Ainda em 1952, regressa à Guiné, ao serviço do Estado colonial português, por esses anos internacionalmente pressionado a perfilar um horizonte de desenvolvimento para os territórios e populações africanas. Nos anos de 1953‑54, dirige a equipa alocada à missão de realização do recenseamento agrícola da Guiné, contando com a colaboração da sua mulher «em todos os trabalhos». O respetivo relatório foi publicado em 1956.

Folha de Informação Anual do Ministério do Ultramar relativa à actividade de Amílcar Cabral como engenheiro agrónomo na Guiné-Bissau em 1952. FMSMB-DAC
Folha de Informação Anual do Ministério do Ultramar relativa à actividade de Amílcar Cabral como engenheiro agrónomo na Guiné-Bissau em 1954. FMSMB-DAC

O seu desempenho profissional na Guiné começa por ser positivamente apreciado pela tutela. Mas as fichas de avaliação que os arquivos conservam indicam igualmente o surgimento de conflitos com os seus superiores. Em 1955, regressa a Portugal e requer a rescisão do contrato com o agora designado Ministério do Ultramar. Em seguida, vai a Angola várias vezes, trabalhar para empresas agrícolas privadas. De caminho, reúne com militantes que virão a estar na origem do MPLA, o Movimento Popular de Libertação de Angola. A perceção da exploração de classe e da dominação racial em Luanda causa‑lhe repulsa.

Nota preliminar de Amílcar Lopes Cabral, na qualidade de Encarregado do Recenseamento Agrícola, escrita em Bissau e datada de Dezembro de 1954.FMSMB-DAC – Iva Cabral

Logo nos anos 40, na correspondência que mantém com Maria Helena, Amílcar Cabral critica o racismo, a que é quotidianamente exposto em Lisboa e de que lhe chegam notícias vindas do exterior. Mas é durante os anos 50 que Cabral se compromete definitivamente com a missão de derrubar o colonialismo português em África. E será no final da década que a polícia política portuguesa, a PIDE, mais se sobressaltará com as suas atividades políticas.

Amílcar Cabral e Maria Helena Rodrigues na Guiné, numa moto com sidecar. Instanta 2228 Lisboa. FMSMB-DAC
Boletim de informação da PIDE relativo a Amílcar Cabral. ANTT PIDE-DGS NT8077

É a década da Conferência de Bandung, realizada na Indonésia em abril de 1955, reunindo vontades anti‑imperialistas dispersas, lançando em novos termos a força da contestação anticolonial. Logo no mês de junho de 1955, nas prisões da ditadura do Estado Novo, Jaime Serra, militante comunista português, assinalava que «a sua realização terá efeitos decisivos na luta libertadora dos povos coloniais», acrescentando: «Acontecimentos coloniais como por exemplo o massacre de São Tomé, em 1953, terão, após a Conferência de Bandung, repercussões muito diferentes do que então tiveram». Por sua vez, os jovens anticolonialistas africanos em Lisboa cedo farão daquela conferência um momento histórico: em abril de 1957, celebram o segundo aniversário de Bandung com um jantar, ao qual não falta uma mensagem especial do senegalês Léopold Senghor, por essa altura de visita ao país.

Amílcar Cabral não esteve em Bandung, mas não deixa de ser sugestivo o erro de algumas notas biográficas que ainda hoje aí o situam. Serão, todavia, acontecimentos como a independência da República da Guiné, que em 1958 se liberta do colonialismo francês, e o massacre de Pidjiguiti, a 3 de agosto de 1959, que mais imediatamente motivarão Cabral a regressar definitivamente a África. Naquele dia de agosto, no cais de Pidjiguiti, em Bissau, as forças coloniais portuguesas matam dezenas de trabalhadores guineenses em greve. Poucas semanas depois, em finais de setembro, em carta enviada a Lúcio Lara, Cabral escreve: «Temos de caminhar firmemente até à vitória final». Nos meses seguintes, Cabral trata de reunir as condições para deixar de vez Portugal, convencendo Maria Helena a acompanhá-lo.

A partir de 1960, será já a partir de Conacri que Amílcar Cabral e o PAIGC comandarão a luta de libertação.

Mensagem de L. S. Senghor a um grupo de associados da CEI, Lisboa, abril de 1957. Associação Tchiweka de Documentação (ATD), Arquivo Lúcio Lara
Manuscrito de Jaime Serra (reprodução): “A Conferência de Bandung e as Colónias Portuguesas Jaime Serra, «A Conferência de Bandung e as Colónias Portuguesas». Apontamentos manuscritos, junho 1955. Fonte: ANTT, PIDE-DGS
Carta de Amílcar Cabral a Lúcio Lara. 24 de setembro de 1959 (data do correio). ATD - Arquivo Lúcio Lara

Delegação do PAIGC e do MPLA na República Popular da China. 1960. ATD – Arquivo Lúcio Lara

A luta armada desenvolver-se-á nos territórios guineenses sob domínio português a partir de 1963. Nas zonas que vão sendo libertadas da interferência colonial, são criados postos médicos, escolas e os Armazéns do Povo, que procuram responder a necessidades alimentares e de vestuário das populações locais. A resolução dos problemas materiais da vida quotidiana apela ao humanismo militante e à formação ideológica de Cabral, à luz da qual a libertação nacional implica a transformação económica das estruturas sociais.

A partir de Conacri, Cabral faz incursões no território da futura Guiné-Bissau e viaja até muitos outros países, de Marrocos à Finlândia. Os progressos militares do PAIGC e a vida nas zonas libertadas suscitam curiosidade e apoio em diferentes pontos do mundo, tanto mais que desde cedo havia sido tecida uma rede de solidariedade militante que acabaria por conferir notoriedade internacional à luta de libertação.

Celebração da passagem de ano em Conacri, República da Guiné. 1960-1961. ATD - Arquivo Lúcio Lara
Apontamentos de Amílcar Cabral. Londres.Março de 1960. FMSMB-DAC - Iva Cabral

Nesta rede, a ação de indivíduos como o britânico Basil Davidson e o francês Gérard Chaliand foi, desde início, importante. Mas coletivos anticolonialistas e organizações de outras regiões igualmente participam na solidariedade com as lutas de libertação. São criados comités de apoio aos movimentos de libertação em mais do que um país da Europa Ocidental. O apoio dos regimes socialistas, de Pequim a Praga, mostrar-se-á ainda mais decisivo. A URSS fornece armamento e treino militar ao PAIGC, assim como acolhimento e formação escolar a filhos de dirigentes e quadros do Partido. Em 1967, sob a liderança de Amélia Araújo, foi com suporte material soviético, e mais tarde sueco, que a Rádio Libertação permitiu a mais populações sintonizarem a voz de Cabral e dos seus camaradas.

Amélia Araújo gravando os trabalhos da I Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau para a Rádio Libertação. Lugajol, Boé. 23-24 de setembro de 1973. FMSMB-DAC
Amélia Araújo gravando os trabalhos da I Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau para a Rádio Libertação. Lugajol, Boé. 23-24 de setembro de 1973. FMSMB-DAC

Simulação de emissão da Rádio Libertação, a partir das seguintes gravações: indicativo Rádio Libertação, excertos de editoriais de Amélia Araújo e canções 
provenientes dos LPs Hora de Despedida Branco-le (1971, Ed. PAIGC, IUS e SYL) e Poesia Caboverdeana – Protesto e Luta (1970, Ed. PAIGC; Serviços Culturais). 
Montagem e seleção da investigadora Inês Nascimento Rodrigues.

A partir de 1969, os contornos e as feições da figura de Cabral tornam-se cada vez mais indissociáveis das fotografias realizadas pela italiana Bruna Polimeni, as quais circulam por todo o mundo sob vários formatos. As conexões com o comunismo e com as esquerdas italianas permitiriam ainda que, em 1970, Amílcar Cabral, o angolano Agostinho Neto e o moçambicano Marcelino dos Santos fossem recebidos em audiência pelo papa Paulo VI, para embaraço da ditadura portuguesa.

O interesse fotográfico de Polimeni pela figura de Cabral somava‑se ao do cinema. A importância da câmara de filmar é estimada pelo próprio PAIGC, que envia para estudarem em Cuba aqueles que viriam a tornar‑se nos primeiros cineastas guineenses, casos de Flora Gomes e de Sana Na N’Hada. É de Santiago Álvarez, realizador de que os jovens guineenses foram assistentes, a autoria de um pequeno noticiário sobre a Conferência Tricontinental de 1966, em Havana, onde a oratória de Fidel Castro engrandece o líder do PAIGC. Em finais de 1970, a câmara de filmar acompanhará também o jovem Mikko Phyälä, então secretário da União Nacional de Estudantes da Finlândia, em viagem às zonas libertadas. A partir de 1960, será já a partir de Conacri que Amílcar Cabral e o PAIGC comandarão a luta de libertação.

Amílcar Cabral e Fidel Castro na Conferência Tricontinental, em Havana. Janeiro, 1966. FMSMB-DAC
Amílcar Cabral, Domingos Ramos, Pedro Pires e Vasco Cabral, delegados do PAIGC à Conferência Tricontinental, em Havana [onde foi criada a Organização de Solidariedade dos Povos Afro-Asiáticos e da América Latina (OSPAAL)].FMSMB-DAC

Onde Amílcar Cabral não mais colocará os pés é em Portugal. Mas a distância de segurança não o impede de querer estabelecer uma diferença de natureza entre os poderes e o povo do país colonizador. Em 1963, o PAIGC dirige uma carta aos soldados portugueses, avisando‑os do início da luta armada e procurando que se demarquem da guerra a que eram conduzidos.

Por sua vez, ao longo dos anos, há sectores da oposição portuguesa que se mostrarão solidários com a luta do PAIGC. Em 1966, Amílcar Cabral é entrevistado pela emissora Voz da Liberdade, da Frente Patriótica de Libertação Nacional, que opera a partir de Argel, cidade que Cabral visitou várias vezes. (Numa dessas visitas, e como era hábito fazer nos seus périplos diplomáticos, remete lembranças postais a Ana Maria Cabral, sua segunda mulher). Em 1971, Aurélio Santos e a Rádio Portugal Livre, emissora do PCP que transmite a partir da Roménia, fazem reportagem nas regiões libertadas da Guiné.

Portugueses como Fernando Baginha, que deixará a Suécia — para onde havia desertado — rumo a Conacri, chegam mesmo a juntar‑se às fileiras do PAIGC e à sua escola‑piloto. Foi, aliás, na Suécia, um dos poucos países ocidentais que então se encontrava fora da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que se produziram muitos dos manuais das escolas das zonas libertadas.

Mensagem de Amílcar Cabral aos soldados, oficiais e sargentos do exército colonial português. 22 de fevereiro de 1963. FMSMB – DAC

Em 1972, em Conacri, por ocasião das cerimónias fúnebres do ex‑presidente ganês Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral discursa perante milhares de pessoas sobre o «cancro da traição». Poucos meses depois, no dia 20 de janeiro de 1973, naquela mesma cidade, é assassinado a tiro por elementos do seu próprio partido que se suspeita estarem conluiados com as autoridades portuguesas. Independentemente das diferentes teses em torno do assassinato de Amílcar Cabral, o acontecimento tem um impacto mediático global imediato. Sucedem‑se manifestações de pesar nas ruas como nas instituições.

A crescente perceção do perigo que corria não abalou a determinação de Cabral nos seus últimos meses de vida. Em 1972, em carta enviada ao seu camarada Pedro Pires, dava conta de novos apoios obtidos a Leste — agora na Roménia e na Hungria — e transmitia indicações e conselhos quanto a um futuro ataque ao quartel português em Guiledje. Não menos importante, anunciava que se deslocaria novamente à URSS, «a ver se convenço os amigos a nos darem a Strella». Em maio de 1973, quatro meses após o assassinato de Cabral, a tomada de Guiledje será concretizada, feito militar assinalado no quartel com a exposição de um retrato de Cabral sob a bandeira hasteada do PAIGC. Apesar da morte de Cabral, a independência aproximava‑se. Preparada desde 1972, a I Assembleia Nacional Popular da Guiné ocorrerá em setembro de 1973, em Madina de Boé, e no dia 24 será unilateralmente declarada a independência. Depois do 25 de Abril de 1974, até mesmo o Estado português reconheceria o fim do seu império colonial.

Carta de Amílcar Cabral a Pedro Pires. Conacri. 9 de julho de 1972. FMSMB - Pedro Verona Pires
Combatente do PAIGC no quartel de Guiledje, sul da Guiné. 22 de maio de 1973. FMSMB - DAC
PAIGC actualités, nº51. Março, 1971. FMSMB – Arquivo Mário Pinto de Andrade

Foi através dos primeiros perfis biográficos elaborados pelo PAIGC para a imprensa internacional, antes ainda do início da luta armada, que começou por ser fixada a memória de Amílcar Cabral. Ao longo dos anos seguintes, apoiando‑se também na itinerância de Cabral, as suas palavras passaram a ter eco em diferentes contextos nacionais. E com o assassinato, em 1973, a dimensão heroica da figura ampliou‑se dramaticamente. Com contributos, entre outros, dos artistas gráficos da OSPAAAL, a Organização de Solidariedade dos Povos da Ásia, da África e da América Latina, a imagem de Cabral tornou‑se um ícone anti‑imperialista.

Cartaz de Janulili alusivo ao 60º aniversário do nascimento de Amílcar Cabral. República da Guiné-Bissau. 1974. BNP - Coleção Luís Madeira
Cartaz de Alfredo Rostgaard que retrata Amílcar Cabral. Edição: OSPAAAL. Cuba. 1975. BNP - Coleção Luís Madeira

Na Guiné‑Bissau e em Cabo-Verde, Cabral foi explicitamente celebrado como fundador da nação, nos termos que a imaginação institucional autorizou: o seu rosto apareceu em selos postais e nas moedas e notas oficiais; o seu nome designou os mais altos títulos honoríficos; o dia da sua morte tornou‑se feriado no calendário de ambos os países. Em 1976, o seu cadáver foi trasladado do Mausoléu de Camayenne, em Conacri, para o Forte da Amura, em Bissau, numa cerimónia com honras de Estado que seria minuciosamente descrita pelo jornal Nô Pintcha. Em 1979 foi criada a Taça Amílcar Cabral, competição futebolística aberta à participação de Guiné‑Bissau e de Cabo Verde, mas também do Senegal, da Guiné ou da Mauritânia, entre outros países da região.

Cartaz da 4ªedição da Taça Amílcar Cabral. Grafedito, impr., 1982. BNP - Coleção Luís Madeira
Nô Pintcha , nº222. 4 de setembro de 1976. Centro de História da Universidade de Lisboa

A figura de Amílcar Cabral também compareceu nos dias do 25 de Abril português. Esteve presente nos primeiros protestos contra o embarque de soldados para as colónias. No Porto, por iniciativa de estudantes maoístas, o Liceu Dom Manuel foi durante algum tempo oficiosamente renomeado Liceu Amílcar Cabral. Em Lisboa, a Ar.Co organizou a exposição Retratos de Amílcar Cabral, do pintor Luís Noronha da Costa. José Mário Branco cantou «viva Amílcar Cabral!» e Jorge Peixinho compôs «Elegia a Amílcar Cabral».

“CONAKRY” de Filipa César, Grada Kilomba e Diana McCarty

Vídeos

Agenda

Capa Oficial do Evento Amílcar Cabral: textos da luta
13/9/2024
Sala Jorge Pais de Sousa da Cena Lusófona Coimbra
Capa Oficial do Evento Amílcar Geração | ÂNGELO TORRES
12/9/2024 - 13/9/2024
Capa Oficial do Evento Amílcar Cabral: fragmentos de uma luta
9/9/2024 - 13/9/2024
Capa Oficial do Evento Excertos de emissões da Rádio Libertação
7/9/2024 - 13/9/2024
Capa Oficial do Evento Fotografias de Amílcar Cabral, de BRUNA POLIMENI
7/9/2024 - 13/9/2024
Capa do Evento O Mundo de Amílcar Cabral
4/9/2024
Capa Oficial do Evento Recordar Amílcar Cabral
4/9/2024 - 26/9/2024
Capa Oficial do Evento Guiné-Bissau: Reabertura da Exposição
12/3/2024 - 30/9/2024
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa – INEP, em Bissau Bissau, Guiné-Bissau

Notícias

12/09/2024

A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril inaugurou esta quinta-feira, dia 12 de setembro, «Amílcar Cabral, uma Exposição», na sua versão itinerante, na Amadora, no Espaço Delfim Guimarães. Até 30 de outubro, a Exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado, entre as 15h e as 19h. A entrada é livre. 

03/09/2024

A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril evoca o nascimento do líder independentista africano com a reposição de «Amílcar Cabral, uma Exposição», na Amadora, entre 12 de setembro e 30 de outubro, com a publicação do respetivo catálogo, «Cabral Ka Mori», e da obra «O Mundo de Amílcar Cabral». Os livros serão apresentados em […]

24/09/2023

A declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, que Amílcar Cabral preparara e os seus sucessores concretizaram, foi uma manobra ousada que culminou um longo trabalho político-diplomático. ARTIGO COMPLETO >

23/09/2023

Conferência de imprensa de Amílcar Cabral, em Cuba, a 30 de Julho de 1970. Fonte: Fundação Mário Soares e Maria Barroso No dia 28 de outubro de 1971, em Londres, dois jovens portugueses entrevistaram Amílcar Cabral, fundador e líder do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC). Pouco mais de um […]

19/06/2023

Na Mesa-redonda “A luta continua! Que Luta? A luta anticolonial em África como inspiração para a luta contra o racismo na Europa. Da geração de Cabral, à geração dos netos de Cabral”, Igor Lima, filho de Indira Cabral e neto de Amílcar, afirmou que se revê na ideia, defendida pelo avô, de que “o racismo […]

28/05/2023

Vincenzo Russo | 28 de maio de 2023 A relação entre as esquerdas italianas e o PAIGC tomou várias formas e conheceu vários protagonistas. Porém, o acontecimento mais relevante da relação italiana teria lugar no dia 1 de julho de 1970… A relação entre as esquerdas italianas e o PAIGC tomou várias formas e conheceu […]

21/05/2023

Branwen Gruffydd Jones | 21 de maio de 2023 Em vez de olhar para a cultura em termos de raça, Cabral fomentou uma interpretação radical da cultura enquanto expressão do povo, enraizada nas relações sociais, que tornou possível a luta política. Amílcar Cabral é um dos mais conhecidos pensadores e atores políticos do anticolonialismo africano, […]

17/05/2023

A Conversa “A luta de libertação na Guiné: memórias cruzadas” juntou o médico Mário Moutinho de Pádua e o antigo secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Jerónimo de Sousa no Palácio Baldaya, em Benfica. No âmbito da programação de “Amílcar Cabral, uma Exposição”, os presentes recordaram a forma como viveram a Guerra Colonial. Em 1961, […]

14/05/2023

Catarina Laranjeiro | 14 de maio de 2023 A China e a URSS apoiaram de várias formas os movimentos anticoloniais africanos. Mas em alguns casos, como o da Guiné-Bissau, a solidariedade demonstrada por Cuba foi tão ou mais marcante. “N’ obi tiru, pa n’ bai buska bala di kubanu” significa “Eu ouvi tiros, para ir […]

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