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O Presidente Costa Gomes (30.9.1974-27.6.1976) apoiou a afirmação do MFA como um polo de poder, que desenvolveria uma ação político-militar por todo o país.

No outono de 1974, iniciam-se os debates sobre a institucionalização do MFA e quanto à possibilidade de os militares terem uma palavra a dizer relativamente à nova constituição. As polémicas em torno desta questão, da transformação do MDP em partido e as discordâncias em relação à existência de uma única central sindical revelaram divergências de fundo sobre o rumo a seguir.

Em inícios de 1975 começaram as negociações da Plataforma de Acordo Constitucional. Apesar da aceleração da dinâmica revolucionária na sequência do golpe falhado do 11 de Março de 1975, a solução de compromisso, conhecida como Primeiro Pacto MFA-Partidos, formalizaria um papel destacado para o MFA através da criação do Conselho de Revolução, garantindo ao mesmo tempo a realização de eleições para a Assembleia Constituinte.

Poucos dias depois de tomar posse como Presidente, Costa Gomes reuniu-se com Gerald Ford, Presidente dos Estados Unidos, procurando convencer um aliado de que a transição para a democracia e o compromisso nacional com a Aliança Atlântica não estavam em risco. Washington, 18 de outubro de 1974. AMPR.  Poucos dias depois de tomar posse como Presidente, Costa Gomes reuniu-se com Gerald Ford, Presidente dos Estados Unidos, procurando convencer um aliado de que a transição para a democracia e o compromisso nacional com a Aliança Atlântica não estavam em risco. Washington, 18 de outubro de 1974. AMPR. 
Sessão plenária dos delegados do Movimento das Forças Armadas (Assembleia dos 200) no Instituto de Sociologia Militar (atual Instituto da Defesa Nacional). Lisboa, 28 de dezembro de 1974. Fotografia de Abel Fonseca. ANTT, Fundo do jornal «O Século».   Sessão plenária dos delegados do Movimento das Forças Armadas (Assembleia dos 200) no Instituto de Sociologia Militar (atual Instituto da Defesa Nacional). Lisboa, 28 de dezembro de 1974. Fotografia de Abel Fonseca. ANTT, Fundo do jornal «O Século».  
A questão da unicidade sindical opôs o PCP (seu defensor) ao PS (partidário da liberdade sindical), marcando uma rutura fundamental entre os dois maiores partidos de esquerda. Portugal Socialista, 17 de janeiro de 1975. Avante!, 16 de janeiro de 1975. ADN e HML.  A questão da «unicidade sindical» opôs o PCP (seu defensor) ao PS (partidário da liberdade sindical), marcando uma rutura fundamental entre os dois maiores partidos de esquerda. Portugal Socialista, 17 de janeiro de 1975. Avante!, 16 de janeiro de 1975. ADN e HML. 
Movimento – Boletim informativo do MFA, uma das publicações emblemáticas da 5.ª Divisão (órgão de informação e propaganda do MFA). Lisboa, 09 de setembro de 1974. FMSMB, Fundo Boletim MFA/Associação 25 de Abril. Movimento – Boletim informativo do MFA, uma das publicações emblemáticas da 5.ª Divisão (órgão de informação e propaganda do MFA). Lisboa, 09 de setembro de 1974. FMSMB, Fundo Boletim MFA/Associação 25 de Abril.

 

O 11 de Março na Imprensa. Diário de Lisboa, 11 de março de 1975 (1.ª e 2.ª edição) e 12 de março de 1975. FMSMB, Fundo Ruella Ramos.

O Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes, discursando na tomada de posse do Conselho da Revolução. A seu lado, Vasco Gonçalves (Primeiro-Ministro) e Carlos Fabião (Chefe do Estado-Maior do Exército). Lisboa, 17 de março de 1975. Fotografia de Carlos Gil. ANTT, Coleção Flama. O Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes, discursando na tomada de posse do Conselho da Revolução. A seu lado, Vasco Gonçalves (Primeiro-Ministro) e Carlos Fabião (Chefe do Estado-Maior do Exército). Lisboa, 17 de março de 1975. Fotografia de Carlos Gil. ANTT, Coleção Flama.
Negociações do Pacto MFA-Partidos. Rosa Coutinho, Vasco Lourenço e Vítor Alves presidem a reunião com representantes dos partidos políticos. 1975. ADN. Negociações do Pacto MFA-Partidos. Rosa Coutinho, Vasco Lourenço e Vítor Alves presidem a reunião com representantes dos partidos políticos. 1975. ADN.
Plataforma de Acordo Constitucional entre o MFA e os Partidos Políticos, 11 de abril de 1975. ANTT, Fundo Tito de Morais. Plataforma de Acordo Constitucional entre o MFA e os Partidos Políticos, 11 de abril de 1975. ANTT, Fundo Tito de Morais.
«Como não fazer o jogo da reação e votar pela revolução», folheto do MFA no âmbito da campanha eleitoral para a Assembleia Constituinte. 1975. ADN. «Como não fazer o jogo da reação e votar pela revolução», folheto do MFA no âmbito da campanha eleitoral para a Assembleia Constituinte. 1975. ADN.

As eleições de 25 de abril de 1975 foram particularmente participadas, como demonstram as enormes filas de eleitores. Graças a um enorme esforço de atualização dos cadernos eleitorais, o número de recenseados passou de 1,3 milhões (1973) para 6 milhões (1975), dos quais  92% votaram. Lisboa, 25 de abril de 1975. Fotografia de António Xavier, Armando Vidal e Carlos Gil. ANTT, Coleção Flama. As eleições de 25 de abril de 1975 foram particularmente participadas, como demonstram as enormes filas de eleitores. Graças a um enorme esforço de atualização dos cadernos eleitorais, o número de recenseados passou de 1,3 milhões (1973) para 6 milhões (1975), dos quais  92% votaram. Lisboa, 25 de abril de 1975. Fotografia de António Xavier, Armando Vidal e Carlos Gil. ANTT, Coleção Flama.
Mário Soares na Fundação Calouste Gulbenkian, onde estava localizado o Centro de Escrutínio e o Centro de Informação que acomodou a imprensa nacional e estrangeira. Lisboa, 25 de abril de 1975. AHP, Coleção Miranda Castela. Mário Soares na Fundação Calouste Gulbenkian, onde estava localizado o Centro de Escrutínio e o Centro de Informação que acomodou a imprensa nacional e estrangeira. Lisboa, 25 de abril de 1975. AHP, Coleção Miranda Castela.

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