A vitória da AD abriu caminho a uma estratégia que visava o fim do período de transição democrática sob tutela militar, não pela modalidade prevista – de revisão da constituição, durante a segunda legislatura por maioria de 2/3 – mas por uma via nova e controversa, a do referendo. Para tal seria necessária “uma maioria, um governo, um presidente”. Foi o que esteve em jogo nas eleições presidenciais de dezembro de 1980, sendo inviabilizada pela reeleição de Ramalho Eanes e pela morte de Sá Carneiro.
Apesar de anteriores divergências, a AD, no governo, e o PS, na oposição, chegaram a acordo, em 1982, para levarem a cabo revisões cruciais na Constituição, das quais se destacam a extinção do Conselho da Revolução, substituído pelo Conselho de Estado e pelo Tribunal Constitucional, e o fim da tutela militar sobre o poder civil eleito.









Primeira Reunião do Conselho de Estado, presidida pelo Presidente Ramalho Eanes. Lisboa, 29 de dezembro de 1982.
Fotografia de Alberto Gouveia.
ANTT, Fundo do Secretariado Nacional de Informação.
