A 12 de Outubro de 1972, no decorrer de um encontro de estudantes contra a repressão, Ribeiro Santos é atingido a tiro por um agente da PIDE. É imediatamente transportado para o hospital por colegas, mas acaba por morrer.
A 12 de Outubro, no decorrer de um meeting contra a repressão e o colonialismo nas instalações de “Económicas” – como era chamado o Instituto de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa (ISCEF), atualmente Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) -, alguns estudantes dão conta da presença de um desconhecido, cujas respostas incoerentes e ausência de identificação levam à suspeita de se tratar de um informador da PIDE.
Os estudantes decidem levá-lo ao gabinete do diretor da Faculdade para ser identificado, e concordam que sejam chamados elementos da PIDE-DGS para identificação do desconhecido. Ao chegarem, estes agentes dizem não reconhecer o colega, que insistem em levar ainda assim. Essa atuação gera desconfiança e indignação. Instala-se a confusão e um grupo avança sobre os agentes da PIDE presentes.
Um deles, António Gomes da Rocha, empunha a pistola e dispara contra os estudantes, atingindo Ribeiro Santos nas costas. José Lamego, que tenta manietá-lo e controlar a arma, é também atingido numa perna.
Ribeiro Santos é imediatamente levado ao Hospital de Santa Maria por colegas estudantes de Medicina, mas acaba por morrer ainda na sala de observações.
Nessa mesma noite, 300 estudantes reunidos no Instituto Superior Técnico aprovam a paralisação da universidade e a ida em massa ao funeral.