Ao longo de mais de 150 anos de história eleitoral em Portugal, o direito ao voto esteve longe de ser universal ou livre. Desde as primeiras eleições parlamentares no século XIX até ao 25 de abril de 1975, sucessivas limitações baseadas no género, na literacia, no rendimento e na propriedade excluíram grande parte da população do processo eleitoral. As mulheres só começaram a conquistar direitos de voto nos anos 30 do século passado, mas sempre com barreiras significativas, com critérios que nunca deixaram de restringir o acesso ao voto na base da literacia.
Ao contrário do que por vezes se pensa, houve várias eleições durante o regime do Estado Novo (1933- 1974). Contudo, não passavam de um simulacro de eleições livres. O monopólio político da União Nacional, o controlo governamental do recenseamento e do escrutínio e práticas generalizadas de fraude transformavam as eleições em meros instrumentos de legitimação do regime. Para as oposições, que enfrentavam censura, repressão e perseguição, as eleições, embora restritas e manipuladas, eram ainda assim oportunidades de coordenação e resistência.
Este núcleo revisita um passado marcado por exclusão e repressão, sublinhando também a luta dos que aspiraram a um sistema verdadeiramente democrático. O direito ao voto, tão facilmente dado por garantido hoje, foi durante muito tempo um privilégio para poucos.
Suplemento sobre as sufragistas da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.
O Século, 12 de maio de 1910.
Carolina Beatriz Ângelo e Ana de Castro Osório.
Ilustração Portugueza, 5 de junho de 1911. Fotografia de Joshua Benoliel.
Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.
“O feminismo triunfante! A mulher portuguesa tem direito ao voto.”
A Capital, 29 de abril de 1911.
Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.
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