Durante o período revolucionário, também se verificaram ocupações de empresas jornalísticas. Após um referendo interno em 27 de outubro de 1975 na Sociedade Nacional de Tipografia, proprietária do jornal O Século, fora decidido substituir uma direção próxima do Partido Comunista (Adelino Tavares da Silva e Joaquim Benite, respetivamente diretor e chefe de redação) por uma outra (Roby Amorim e Luís Alves, respetivamente, diretor e chefe de redação).
Alguns trabalhadores opuseram-se à decisão, escolhendo para diretor o linotipista Francisco Lopes Cardoso. Os que se alinharam para fazer cumprir o resultado do referendo foram impedidos de entrar no jornal por trabalhadores e militantes do PCP. A crise ocorreu entre outubro e novembro de 1975.