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A fase da transferência do poder da descolonização portuguesa processou-se num quadro cujos parâmetros são conhecidos:

· treze anos de guerra colonial conduzida em três teatros de operações distintos, fruto da intransigência do Estado português em face dos movimentos nacionalistas;
· isolamento nas instâncias diplomáticas e internacionais, que exigiam a independência das colónias;
· crise económica consequente do esforço de guerra e agravada pelo choque petrolífero de 1973;
· desabamento do regime político perante uma revolução em que o fim da guerra era um dos principais objetivos;
· crescente debilidade do poder político revolucionário, produto das contradições do poder militar e das lutas partidárias pela conquista do poder;
· desmobilização generalizada da Nação e alheamento dos partidos políticos perante os problemas da descolonização;
· fragilidade da estrutura militar desgastada pela guerra e que a revolução veio pôr em evidência;
· intervenções estrangeiras em apoio de movimentos de libertação ou com fins menos explícitos de anexação, de conquista de posições geoestratégicas ou alargamento das suas áreas de influência.

Città Futura: Angola / Il potere al popolo, 1975 (Ano VII, n.º 7/8, julho/agosto). Contém reportagem sobre Angola, de Augusta Conchiglia. Fonte AHS/ICS-ULisboa Città Futura: Angola / Il potere al popolo, 1975 (Ano VII, n.º 7/8, julho/agosto). Contém reportagem sobre Angola, de Augusta Conchiglia. Fonte AHS/ICS-ULisboa
Combatentes do PAIGC recebendo formação militar na ex-URSS, 1963-1973. Fonte: FMSMB, DAC Combatentes do PAIGC recebendo formação militar na ex-URSS, 1963-1973. Fonte: FMSMB, DAC

#50anos25abril