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Apesar da importância de outros momentos de luta, pelas liberdades públicas e contra a ditadura, protagonizados pelo movimento estudantil (como a contestação ao Decreto-Lei n.º 40.900, de 12 de dezembro de 1956), é apenas em 1962 que se pode falar da primeira crise académica.

A proibição do Dia do Estudante, celebrado a 24 de Março, leva a que a contestação estudantil assuma novas formas e conteúdos de luta: manifestações, greves às aulas, confrontos com a polícia, greve de fome, ocupações, entre outras formas, cada vez mais criativas, de protesto.

Depois da crise académica de 1962, o movimento estudantil sofreu um recuo dramático.

A repressão desmobilizou boa parte dos estudantes e quebrou a ligação entre as estruturas associativas e o universo estudantil. Ao abrigo de legislação específica que o Governo fez sair em outubro de 1962, e de forma puramente arbitrária, intensificaram-se as perseguições, as expulsões e as transferências para outras universidades. Aumentou o número de prisões e os relatos de tortura, sobretudo entre os estudantes ligados ao Partido Comunista.

Em 1969, a luta estudantil seria em muito despoletada na Universidade de Coimbra, quando o presidente da Associação Académica pede a palavra na cerimónia de inauguração do Edifício das Matemáticas, presidida por Américo Tomás, a 17 de abril.

Nesse momento, Alberto Martins verbaliza publicamente um anseio coletivo que, até aí, pouco saíra da clandestinidade. Consequentemente, acabaria preso pela PIDE nessa madrugada.

A partir de 1969, o radicalismo cresce exponencialmente no meio estudantil.

O aparecimento de várias organizações de esquerda radical e a sua implantação nas universidades fez com que se multiplicassem as correntes que influenciavam a luta académica. As eleições para as estruturas associativas começaram a ser disputadas numa base de liderança política e o Partido Comunista viu a sua hegemonia posta em causa por maoístas e trotskistas.

Após o 25 de Abril de 1974, os estudantes participam
ativamente na construção da democracia, estando
presentes nas principais lutas políticas e sociais do
período revolucionário.

Logo nos primeiros dias de liberdade, nas universidades multiplicam-se os plenários e reuniões; as associações académicas são reabertas e muitos professores são saneados.

25/03/2025

No dia 24 de março de 2025, assinalando o Dia do Estudante, a Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril inaugurou, no Átrio Principal (Edifício P) do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), a exposição «Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril». Esta mostra revisita a luta estudantil contra o Estado […]

24/03/2025

António Correia de Campos testemunhou, enquanto estudante e membro da direção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, a crise de 1962.

21/10/2024

Está patente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) até 8 de novembro de 2024 a exposição “Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril”, que destaca o papel fundamental dos movimentos estudantis na oposição ao regime ditatorial do Estado Novo e no processo de construção da democracia em Portugal. A […]

11/12/2022

A inauguração em Coimbra da exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, que revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia, teve lugar este sábado, dia 10. Esta iniciativa da Estrutura de Missão para as Comemorações do Quinquagésimo Aniversário […]

10/12/2022

O livro Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril, que revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia, foi lançado este sábado, dia 10, no Convento São Francisco, em Coimbra. A obra já está disponível para venda. A publicação é […]

30/11/2022

  A exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, que revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia, está patente em Coimbra, no Convento São Francisco, a partir de dia 10 de dezembro e até 25 de abril de […]

12/10/2022

Nos 50 anos do assassinato do estudante, Catarina Preto, atual presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, escreve uma carta a Ribeiro Santos. Estimado colega José Ribeiro Santos, Escrevo-lhe esta carta em nome da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa e em nome de todos aqueles que se identificarem com […]

12/10/2022

Na tarde de 12 de Outubro de 1972, pouco antes da realização de um «meeting contra a repressão», no então ISCEF, em Lisboa, um elemento da DGS atingiria José Lamego, que ficou ferido, e José António Ribeiro dos Santos, que viria a falecer, já no hospital. Como se verá mais adiante, esta morte incendiou os […]

07/10/2022

Grupo de investigadores e académicos organiza conferência internacional em homenagem ao estudante de Direito assassinado em 1972 José António Ribeiro Santos está na memória daqueles que o conheceram, mas falta inscrevê-lo na memória pública, reivindica Paula Godinho, coordenadora da conferência internacional em homenagem ao estudante de Direito morto pela PIDE-DGS há cinquenta anos. “Ribeiro Santos […]

12/09/2022

Obra sobre o movimento estudantil durante a ditadura foi ontem apresentada na Feira do Livro de Lisboa Entre 1962 e 1974, “não há um único ano em que a luta estudantil não esteja na primeira linha da luta contra o regime” e, a partir de 1968, “os estudantes aproveitaram até ao fim” a maior “tolerância” […]

06/09/2022

Publicação acompanha a exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril” e será apresentada ao público na Feira do Livro de Lisboa, no dia 11 de setembro. A Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril promove, no próximo domingo, na Feira do Livro de Lisboa, a apresentação de uma obra […]

26/08/2022

Estudantes que combateram a ditadura são exemplo de coragem. Alguns dirigentes associativos do presente visitaram a exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, realçando o exemplo de coragem dos seus antecessores que combateram a ditadura. A convite da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril, os dirigentes estudantis foram […]

12/08/2022

A exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril” foi estendida por mais uma semana, podendo ser visitada em Lisboa até dia 4 de setembro. Após essa data, seguirá para Coimbra. Iniciativa da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril, a exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 […]

10/08/2022

Augusto Santos Silva visitou a exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, acompanhado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. O Presidente da Assembleia da República visitou a exposição “Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril”, na presença da Comissária Executiva das Comemorações, Maria Inácia Rezola, e […]

01/07/2022

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participa na Conversa “Academia em Jogo” e partilha as suas memórias.   O Presidente da República partilhou memórias da final da Taça de Portugal de 1969, assinalando que essa partida de futebol projetou a luta estudantil para todo o país. A final da Taça de futebol de 1969 […]

29/06/2022

Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, analisa o significado da final da Taça de Futebol de 1969 no contexto dos movimentos associativos estudantis. Os movimentos associativos estudantis tiveram um papel “particularmente relevante” no “processo longo que foi a luta contra a ditadura”, assinala o ministro da Cultura, refletindo sobre a final da Taça de […]

29/06/2022

António Marques, que jogou pelo clube de Coimbra a final da Taça contra o Benfica, em 1969, guarda boas e más memórias, mas, sobretudo, “uma noção de dever cumprido”. Naquele dia, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação estudantil à ditadura, “a Académica representou a expressão de um sentimento […]

27/06/2022

Carlos Daniel, jornalista, analisa a Final da Taça de 1969, no Jamor   O jornalista Carlos Daniel nasceu em 1970, já depois da célebre final da Taça de Futebol de 1969, entre Académica e Benfica, e só mais tarde percebeu “a dimensão” daquele momento, “expoente de um caldo que se estava a criar na sociedade”. […]

27/06/2022

Raquel Vaz Pinto, investigadora em Estudos Políticos, explica a importância da relação entre política e desporto. Na final da Taça de Futebol de 1969, o confronto não foi apenas desportivo, nem sequer apenas estudantil, “era uma luta muito mais generalizada na sociedade”, assinala Raquel Vaz Pinto, investigadora em Estudos Políticos. Para Raquel Vaz Pinto, a […]

25/06/2022

Toni, ex-jogador do Benfica, recupera as memórias mais marcantes de uma final diferente. António Oliveira, mais conhecido como Toni, jogou pelo Benfica a Final da Taça, em 1969, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação estudantil à ditadura. “Foi uma final diferente, que teve uma carga política fortíssima”, recorda […]

25/06/2022

Mário Campos recorda o estudante que, em campo naquela Final, travou a luta contra a ditadura Mário Campos jogou pela Académica a Final da Taça, em 1969, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação estudantil à ditadura. “Praticamente quase diariamente me lembro da Taça de 1969”, partilha o agora […]

24/06/2022

Alberto Martins, ex-dirigente estudantil, recorda Final da Taça de 1969, no Jamor. Alberto Martins, dirigente estudantil da Associação Académica de Coimbra em 1969, recorda a final da Taça de futebol desse ano, que ficou para a História como um dos momentos mais marcantes da contestação à ditadura. A final da Taça de 1969, entre Académica […]

23/06/2022

Iniciativa da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril juntou dirigentes estudantis e desportivos do passado e do presente Há mais política no futebol do que na política – a frase é do ex-treinador sueco Sven Göran Eriksson, citado pela investigadora Raquel Vaz Pinto, na conversa que refletiu sobre a relação entre a […]

24/03/2022

Colóquio e exposição assinalam papel fundamental dos universitários no combate à ditadura. Relatos de protagonistas e análises históricas assinalaram os 60 anos da crise académica de Lisboa, como um exemplo, entre outros, da intervenção estudantil contra o Estado Novo. As memórias das crises académicas foram desfiadas por Alberto Martins (Faculdade de Direito da Universidade de […]

16/03/2022

Colóquio e exposição assinalam os 60 anos da contestação estudantil ao Estado Novo. No momento em que teremos mais dias de democracia do que ditadura, momento esse de um profundo simbolismo, é o ponto de partida para as comemorações oficiais dos 50 anos da revolução em Portugal – e, coincidência feliz, é também a data […]

#50anos25abril