Com a instauração da democracia, os jovens passam a viver em liberdade.
O fim do Estado Novo e da Guerra Colonial, a integração europeia e a construção do Estado Social provocam mudanças estruturais que levaram ao fim do ativismo estudantil nos termos que este conheceu durante a ditadura. O contexto universitário e a realidade associativa deixam de constituir os espaços fulcrais de formação política e cultural da juventude. Ao mesmo tempo que a identidade social dos estudantes se reconfigura, passando a condição juvenil a ser mais importante do que a condição estudantil, novas causas surgem que mobilizam os estudantes para a ação política e para a intervenção social.

Com a instauração da democracia, os jovens passaram a lutar por uma escola mais democrática e por um ensino de qualidade; combatem os planos de construção da central nuclear em Ferrel; mobilizam-se pela independência de Timor; reivindicam a introdução da educação sexual nas escolas.
Em pleno século XXI, destaca-se a participação dos jovens nos movimentos anti-austeridade; na defesa dos direitos sexuais, reprodutivos e de autodeterminação de género; na luta antirracista e na luta ambiental. Hoje, tal como ontem, os jovens continuam a ambicionar um futuro melhor.